Tive a felicidade de participar mais uma vez do MasteChef Brasil, o programa que incentiva quem tem medo do fogão a encarar a cozinha e ser feliz. Sim, o trio de jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Tartar & Co e Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Jamile e Cão Véio) é bravo, mas também generoso em seus ensinamentos. Aprende-se com erros e acertos dos participantes. E o melhor é compartilhar esse entusiasmo, a paixão por cozinhar.
Dessa vez, minha missão era avaliar uma prova em grupo. Tive ao meu lado a jornalista Patrícia Ferraz, do caderno Paladar, e a food designer Simone Mattar. O cenário não era o estúdio da Band, como em minha participação anterior, mas o restaurante Vista que tinha acabado de ser inaugurado na cobertura do Museu de Arte Contemporânea, o MAC-USP, um lugar lindo voltado para a bela paisagem do Parque do Ibirapuera . Estou falando do mês de abril.
Entre outros cuidados da equipe de produção, não entramos em contato com os participantes. Ao chegarmos do museu, aguardamos no térreo antes de subir ao restaurante. Os cozinheiros amadores nunca sabem quem são os convidados e, como se viu na TV, ficam surpresos e assustados.
Os críticos só foram apresentados ao menu minutos antes de ser iniciado o serviço. Nesse almoço, era necessário fazer uma reinterpretação de clássicos internacionais das cozinhas francesa e italiana. Com o tempo cronometrado, os pratos foram chegando um a um.
A avaliação dos convidados se restringe apenas ao sabor. Por isso, estávamos completamente isolados da cozinha. Só vez ou outra, ouvíamos algum berro de um dos jurados sem entender direito o que era dito. Assistindo ontem à noite, fica-se sabendo que estavam ajudando a botar ordem no desenvolvimento do trabalho.
Embora estivesse num grupo menor, a equipe a azul, liderada por Maria Antonia e composta por Eliane e Thiago, levou a melhor. Por um motivo muito simples: eles fizeram um cardápio mais ousado, uma reinterpretação das receitas pedidas. É verdade que a sobremesa estava grandalhona, mas boa no sabor.
Os vermelhos, que só ontem descobri que era desorganizados na cozinha, não saíram da zona de conforto. Embora saborosas, as sugestões passavam longe de reinterpretações. O melhor delas, ao menos na apresentação, era a sobremesa do Hugo, cozinheiro e que voltou em uma repescagem do aconteceu com a Izabel Alvares na segunda temporada. Só não curti o gostinho de ovo que sobrou no curd de limão, o creme que recheava a carolina.
E quem diria que a eliminação seria dupla? Ninguém mesmo, ainda mais com dois fortes candidatos como o padre Evandro, elogiado pela mão para temperos, e o Victor Hugo, um fã da culinária francesa que se aventurou em fazer um tempurá.
Agora, é acompanhar até 31 de julho, quando se saberá o nome do vencedor. Lembro novamente que só dois chegarão à final. Até lá, vai ter muita torcida, choro e protesto dos fãs indignados com a partida dos cozinheiros amadores. Essa é a magia do MasterChef.
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