Tempo não foi o problema. Talvez a ansiedade. Na primeira prova do episódio na semana passado, os candidatos a MasterChef Brasil tiveram a chance de elaborar o prato prefeito em duas longas horas. A única obrigação era cozinhar uma das carnes vermelhas que foram selecionadas a partir de um teste de conhecimentos sobre o assunto.
Caçula da turma, Leo foi o primeiro a depositar seu prato no balcão, um carré de javali. A carne na companhia de purê de banana-da-terra, que ele confundiu com banana-nanica, foi gongada pelos jurados. Não tiveram melhor sorte os três concorrentes seguintes: Michele, Valter e Deborah. Todos cometeram pequenos deslizes e só ocuparam um lugar no mezanino como mero espectadores.
Nesse caso, o dito popular dos últimos serão os primeiros se confirmou. Victor Vieira depositou, com 1h50 de tempo, seus dumpling de abóbora e cordeiro sobre a bancada dos jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Tartar & Co e Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Jamile, Admiral’s Place e Cão Véio).. A receita, apresentada por ele como um clássico da culinária chinesa, foi um absoluto sucesso.
A eliminatória foi um “sapo nos acuda”! Para impressionar os participantes, foram trazidas rãs vivas ao estúdio, que seriam de ser mortas e preparadas na hora. O susto foi geral, mas pegou mais forte para Michele, que se desestabilizou e caiu em prantos. Fico surpreso quando acontece isso com os cozinheiros. Eles deveriam ter em mente que carnes não nascem embaladas em higiênicas bandejas de supermercados. Os animais são abatidos, o que está longe de ser um processo simples.
Com os bichos já prontos para o consumo e pegos nos refrigeradores do supermercado, os quatro remanescente passaram por três provas. A primeira tinha meia hora, a segunda 20 minutos e a terceira 15 minutos. Ou seja, clima de correria no estúdio.
Na primeira das avaliações, o Valter bateu de frente com os comentários do Jacquin e Fogaça. Demonstrou insatisfação com as críticas recebidas. Ainda assim, sua salada de rã com molho de frutas vermelhas foi adiante.
Ficaram no paredão Deborah e Leonardo. Deu ruim para Leonardo e nem foi unânime. Os jurados lançaram um 2 x 1. Deborah deve ter ficado bem preocupado com o resultado.
Na prova de hoje, os quatro participantes enfrentarão três empresários da gastronomia e este crítico que vos escreve. Cabe ao quarteto avaliar o desempenho de cada um dos participantes a partir da criação de um prato livre que seria uma das estrelas do cardápio para um restaurante hipotético que eles poderiam vir a abrir no futuro.
Será uma prova surpreendente. Tudo que parece que está perfeito pode não estar tão perfeito assim. O que não parecia tão bom pode estar agradável.
Na etapa seguinte, o trio que luta pela salvação terá de fazer um tournedo rossini. Quando participei da versão anterior para amadores, na prova com apenas quatro candidatos, o Leo Young apresentou essa receita. Não era exatamente a original, mas servida com vagem francesa.
Dessa vez, o prato criado em Paris para agradar o exigente paladar do compositor italiano Gioachino Rossini — sim, aquele do Barbeiro de Sevilha, mais conhecido como Fígaro. Ele que passou parte de sua vida na capital francesa adorava o filé-mignon alto assentando sobre uma fatia de brioche e coberto por foie gras mais lâminas de trufas negras. Especialista em foie gras, Jacquin é craque nesse prato. É preciso ficar atento ao que ele vai dizer.
Conheça os participantes:
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