Se fora do Brasil o ouriço-do-mar é muito apreciado e faz parte de receitas como suflês e molho para pratos de pescados, em São Paulo e no Brasil esse bicho aquático cheios de espinhos é encontrado quase que somente em restaurante japoneses. Eu particularmente adoro. Mas há muita gente que detesta o sabor pronunciado de iodo. Foi justamente o ouriço-do-mar o tema da prova de abertura do episódio anterior de MasterChef Brasil. Muitos dos participantes foram apresentados ao ser estranho naquele momento pelo juradões Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Tartar & Co e Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, Jamile, Admiral’s Place e Cão Véio).
A prova começou com os ensinamentos de Jacquin, que mostrou a técnica de cortar o ouriço-do-mar com uma tesoura e dar explicações de como retirar o conteúdo, composto como que de pequena ovas agarrada uma às outras. Nesta etapa, quem mais apanhou foi a dentista Mirian. Do outro lado do ringue, Paola comparou a aparência do prato de Mirian à de uma barata. Mas o tsunami verbal começou mesmo quando a chef argentina quis saber porque Miriam não tinha servido a receita no interior do bicho, mas sobre seus espinhos.
Dentro da carapaça, Miriam enfiou um papel-toalha que deveria funcionar como absorvente. Quando Paola retirou a folha, estava toda manchada e com um visual medonho. Aliás, exatamente como Paola Carosella definiu: “nojento”. Pode ser que a intenção fosse a melhor, mas o troço ficou horrível.
Na sequência, rolou uma miniprova de montagem de pratos com alimentos prontos para avaliar o senso estético dos participantes. É como comprar uma quentinha em casa e brincar de chef que deixa o prato com uma aparência incrível. Parecia um retorno à nouvelle cuisine dos primeiro, o primeiro grande movimento reformador da cozinha ocidental no século XX — depois, da corrente formada por franceses como Paul Bocuse, Roger Verger e Pierre Troisgros, a segunda grande mudança se deu com a desconstrução do espanhol Ferran Adrià, já que todo resto que vem em seguida é espuma e desmancha no ar. Quietinha, Aderlize levou a melhor e foi parar no mezanino.
A eliminatória teve o bartender Spencer Amereno Jr, do Frank Bar. Ele apresentou com dois drinques clássicos e um autoral, que deveriam ser reproduzidos em sólidos. Ou melhor, insólitos. As piores receitas receitas levavam o mais fácil e trivial dos ingredientes de cozinha, o tomate. Tanto Taise quando Nayane não conseguiram se dar bem e foram as piores da noite. Nayane, que fez uma gororoba amarga e encerrou ali sua participação, mas não sem chance de volta: hoje tem a ansiada prova de repescagem pelos ceifados nos programas anteriores.
Voltam ao estúdio para passar novamente pelo crivo dos jurados nove eliminados – uai, essa temporada não está nem na metade. Vamos que vamos até agosto.
A prova desses eliminados é cozinhar carne porco. Parece tarefa simples, só que não, já que se trata de MasterChef. Será necessário conhecer bastante a matéria-prima e ter domínio técnico para trabalhar com ela já que existe um complicador.
Os competidores terão nove cortes diferentes de suíno à disposição. Desta vez nenhum vencedor do episódio anterior será escolhido para determinar quem prepara o que. A ordem de escolha começa pelo último eliminado. Despachada na semana passada, ou seja, teoricamente mais forte do que aqueles que partiram antes, Nayane é a primeira a escolher. E assim sucessivamente até chegar em Bruno Viotto, o primeiro a deixar a competição. Vai rolar uma polêmica, já que dos repescados acaba desdenhando dos eliminados, o que gera confusão e até uma teoria conspiratória.
Diferentemente do que sempre acontece, há dois campeões entre os repescados. Isso significa que não têm vaga suficiente para eles. Em seguida, eles terão que desafiar um participante que esteja confortavelmente instalado no mezanino, achando até aquele instante que estão com a vida ganha. É um duelo. Resta saber quem serão os dois escolhidos, considerados mais fracos por seus oponentes.
Os dois piores dessas dessa prova seguem para a eliminação. Participam do desafio do espaguete à carbonora. Quem servir o molho cremoso de gema com pancetta, que em nada se lembre uma omelete descontruída/destruída por uma maçaroca de minhocas de trigo, sobe para o mezanino. O detalhe que vai pegar é a duração da disputa: a massa clássica, um dos orgulhos de Roma, tem ficar pronta em apenas 25 minutos. Esse é o tempo necessário para saber quem vai embora.
Conheça os participantes:
Obrigado pela visita. Aproveite para deixar seu comentário, sempre bem-vindo, e curtir a minha página no Facebook. Também é possível receber as novidades pelo Twitter.