Embora longe de desbancar o cafezinho, o chá conquista adeptos na cidade. No inverno, ganham destaque opções da bebida, que vêm acompanhadas de bolos, pães de queijo e outros quitutes.
Um equívoco comum é confundir chás com infusões, ou achar que se trata da mesma coisa. Os chás tradicionais – chá branco, verde, preto, oolongs (chá chinês tradicional) – têm origem na planta Camellia Sinensis. As infusões são aqueles que envolvem imersão de frutas, flores, raízes e ervas na água quente.
Veja abaixo sete endereços para encontrar opções de chás e infusões:
A Loja do Chá Tee Gschwendner: a marca alemã tem unidades em outros cinco países. Por aqui, quem comanda a única loja da capital é a gaúcha Carla Saueressig. No diminuto espaço do Shopping Iguatemi, gavetinhas etiquetadas guardam mais de 200 tipos de chá. A variedade com ervas do arbusto rooi, pedaços de cereja, cranberry e pétalas de rosa rende uma bebida adocicada, que é servida quente por R$ 8,70 a xícara. Tem preço idêntico o amarenttini, que combina a mesma planta à amêndoa. Mais cara, a versão feita com chá-verde orgânico vindo de plantações da ilha de Kyushu, no Japão, traz notas de caramelo. A bebida sai por R$ 30,00 e chega em um bule, que rende de duas a três xícaras. De terça a sábado, das 16h às 19h, oferece um combo de chá da tarde a R$ 74,00 por pessoa.
Bistrô Ó-Chá: localizado em um sobrado da Vila Madalena, tem salão colorido e mesas também em uma área externa. A escolha do chá pode ser uma tarefa demorada por aqui. Isso porque a carta lista mais de setenta alternativas, divididas em nove categorias, entre elas rooibos, branco e preto. Nessa última se inclui a combinação chamada morning tea (R$ 9,50), uma mistura de folhas de darjeeling e de ceilão, indicada para a manhã por suas propriedades estimulantes. Das sete receitas listadas no grupo tisanasayurveda, sistema medicinal nativo da Índia, é intenso o sabor do energia (R$ 11,00). Sem cafeína, a bebida tem na composição gengibre, cardamomo, açafrão, cravo e noz-moscada. De terça a sexta, das 17h às 18h, a casa propõe uma happy hour com 50% de desconto em alguns chás.
Emiliano: o restaurante italiano oferece uma carta com 31 opções de chás importados da China, Taiwan, África e Índia. Já o bar do hotel, trabalha com um combinado de chá da tarde composto por comidinhas que harmonizam com cada tipo da bebida. O valor pode ser de R$ 110,00 ou R$ 150,00 com cinco opções de salgados, cinco de doces e bebidas, como café, água, chocolate quente, taça de vinho e sache do chá à escolha do cliente. Mas se preferir tomar somente o chá, qualquer um, entre as variações de verde, branco, ayuruédicocos, oolong e rooibos e mate, sai por R$ 26,00.
Talchá: na matriz, localizada no Shopping Pátio Higienópolis, os atendentes são extremamente atenciosos e dispostos a ajudar na difícil escolha entre as infusões. Para afinar a busca, vale abrir os latões de ervas e sentir o aroma das mais pedidas e, ainda, provar o chá colocado na degustação do dia. A infusão grand yunnan, que tem sabor suave e equilibrado com um toque de mel, custa R$ 49,00 na embalagem de 50 gramas. Para beber na própria loja, sai por R$ 8,90 a xícara quente, ou R$ 10,60, se for servida gelada. A mesma bebida pode ser pedida em um combo que custa R$ 28,60 e chega na companhia de dois pães de queijo com mandioquinha e um trio de pequenos bolinhos em sabores como banana e chocolate.
Tea Connection: a loja no Jardim Paulista tem um salão amplo, ótimo para receber grupos durante um chá da tarde. A carta da bebida é dividida por cores: preto, verde, vermelho e amarelo. A primeira categoria relaciona alternativas com folhas vindas de países como Índia, China e Sri Lanka. É o caso da versão com mirtilos, raspas de laranja e pétalas de rosa ou da que leva pedaços de baunilha, chamada sweet vanilla. O valor é o mesmo, independentemente da variedade (R$ 13,00 por um bule que rende pouco mais de uma xícara), e o preparo envolve um ritual: uma ampulheta vai à mesa para que o cliente controle o tempo de infusão adequado a cada tipo da bebida.
The Gourmet Tea: é melhor deixar aquela história de chá das 5 para os ingleses. A dica nas lojas desta rede moderninha é esquecer o relógio e aproveitar seus predicados a qualquer hora, sem pressa. Dispostas em latinhas coloridas sobre o balcão estão 38 infusões cultivadas de maneira orgânica, sobretudo na China e na Índia. Basta solicitar o auxílio de um atendente para sentir o aroma de cada uma delas. Pode-se levar os potes para casa ou pedir para beber ali mesmo. Nesse caso, as folhas vão à mesa junto de um bule de água aquecida e de um cronômetro digital, para monitorar o tempo de preparo. Agradam a combinação de chá verde e menta marroquina, cheia de frescor, e a de mate com coco e canela, ambas a R$ 9,00 (220 mililitros). Em dias de autoindulgência, o crumble de maçã, servido morninho, pode ganhar sobre ele uma generosa bola de sorvete artesanal de baunilha (R$ 19,00).
Teakettle: afastado do centro, o salão de decoração rústica, com grandes janelões e mesas dispostas também em um jardim que fica nos fundos, é um agradável refúgio. Os chás do dia são apresentados aos clientes em uma bandeja, em pequenos frascos de vidro tampados por uma rolha. Vale sentir o aroma de cada um deles e só depois escolher. O chamado amaretto mistura hibisco, cereja amarena, morango e amora; chá-branco, baunilha e lavanda compõem o noite em paris. O bule dessas bebidas custa R$ 7,00, R$ 14,00 ou R$ 18,00, respectivamente com 250, 500 e 750 mililitros.