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Dimas Covas cobra ‘dignidade’ de Bolsonaro para defender CoronaVac

Preocupação do diretor do Butantan é que falta de insumos que vêm da China possa atrasar imunização da população

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 jan 2021, 13h11 - Publicado em 19 jan 2021, 13h05
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  • Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, cobrou publicamente o presidente Jair Bolsonaro e o Itamaraty mais agilidade na viabilização da matéria-prima vinda da China para a produção da CoronaVac no Brasil, o único imunizante até o momento a ser aplicado no país.

    “Se a vacina agora é do Brasil, o nosso presidente tenha a dignidade de defendê-la e de solicitar, inclusive, apoio, pro seu Ministério de Relações Exteriores na conversa com o governo da China. É o que nós esperamos”, disse ele na manhã desta terça-feira (19) em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

    Até o momento, o Brasil tem seis milhões de doses prontas da vacina que podem ser aplicadas na população. Desde segunda (18) os imunizantes estão sendo distribuídos aos estados. Agora, o Butantan precisa de insumos para a fabricação de mais doses. O IFA, princípio ativo para a produção da CoronaVac, é importado da China. Sem a matéria-prima, o Brasil corre o risco de atrasar a imunização. 

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    “Então, essa demora com relação à vinda dessa matéria-prima, eu espero que fique agilizada agora com a aprovação de uso emergência pela Anvisa, porque agora é outro status, né? E pela própria incorporação da vacina ao um programa nacional de imunização”, disse Dimas Covas.

    Ele também criticou as falas anteriores de Bolsonaro. “Até domingo a vacina era a inimiga número um do nosso presidente. E a China, por consequência. A vacina não valia nada porque ela era da China, tremendo a bobagem de quem não tem a menor noção. E é a vacina que vai salvar milhões de brasileiros nesse momento. Quer dizer, não vejo outra vacina, né?”, disse.

    O governo federal pretende trazer ao país as vacinas de Oxford/AstraZeneca da Índia, mas até o momento não há data certa para a chegada dos imunizantes.

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