Nascido na Lituânia em 1891 em uma família judaica, Lasar Segall naturalizou- se brasileiro em 1927. Em parte de sua obra, retratou perseguições e os sofrimentos da guerra. Por aqui, investiu em trabalhos coloridos e influenciados pela cultura nacional. Sua primeira exposição no país ocorreu em 1913, em um salão alugado na Rua São Bento, no centro. Segall faleceu em 1957, em decorrência de problemas cardíacos. Exatamente uma década depois, sua mulher, a escritora e tradutora Jenny Klabin, morreu devido a um infarto.
+ Festival celebra o aniversário do SP Metal
Ela idealizou um museu para homenagear o marido, e em 1967 ele foi criado como associação civil sem fins lucrativos. Localizado no número 111 da tranquila Rua Berta, na Vila Mariana, o charmoso imóvel, projetado em 1932 pelo arquiteto modernista ucraniano Gregori Warchavchik, concunhado de Segall, funcionava como residência e ateliê do artista. O local será reaberto no sábado (8) após um ano e meio de reforma.
Foram realizados reparos na rede elétrica, no sistema de segurança e em outras estruturas. Em um segundo momento, até o fim do ano, o público poderá aproveitar novamente o cinema e as oficinas artísticas. Em 2016, volta à atividade a biblioteca, focada em temas como teatro, rádio e dança. O acervo conta com mais de 3 000 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos e esculturas, que circulam por diversas mostras, também fora dali.
Há ainda 8 000 documentos e 5 000 fotografias. O museu será reinaugurado com a exposição Mário de Andrade e Seus Dois Pintores: Lasar Segall e Candido Portinari, em cartaz até 5 de outubro.