Banana Café, Aeroanta, bar do Maksoud Plaza. Para os que estão na casa dos 40 anos, esses nomes carregam nostalgia e remetem a lugares que fizeram muito sucesso na boemia paulistana nos idos dos anos 90. A surpresa é que os três voltaram à ribalta em 2015, ajudando a engrossar a lista atual de bons destinos para curtir a noite na cidade. Inaugurado no início do mês, o Banana Café ocupa um imóvel no Itaim Bibi, a menos de 300 metros do endereço da Avenida Nove de Julho onde funcionou o bar original até 1999. Na época, o local era comandado por José Victor Oliva e Ricardo Amaral, então “reis da noite” paulistana. Na nova fase, estão à frente do negócio os empresários Rico Mansur, Ruly Vieira, Thiago Camilo, Gustavo Amaral (sobrinho de Ricardo) e Gutti Camargo. O quinteto afirma ter investido 5 milhões de reais, e parte dos recursos foi usada para reaver a grife. “É uma marca que atravessa gerações. Queremos receber no mesmo espaço uma garotada de 18 anos e cinquentões que frequentavam o antigo espaço”, afirma Camargo.
+ Confira o roteiro de bares em São Paulo
Ainda que esteja reluzindo de tão novo, o Banana Café do século XXI evoca o seu precursor no projeto arquitetônico assinado pelo designer alemão Rudolf Piper (ele cuidou também do primeiro bar), na decoração cheia de quadros coloridos e na Feijoada do Amaral, que era disputadíssima na versão original da casa. Quer mais? Com previsão para acontecer a partir da segunda quinzena de fevereiro, sempre aos sábados, o evento será animado por DJs das antigas, como Ronaldo Gasparian.
+ Oito programas bacanas para fazer antes de 2015 acabar
Do extinto Aeroanta, misto de bar e casa de shows que existiu entre 1987 e 1996, o que voltou à ativa foi o prédio nos arredores do Largo da Batata. No mesmo lugar em que jovens de outros tempos se acotovelavam para ver Cazuza, Cássia Eller e Tim Maia, entre outros, reabriu também no início deste mês o Z Carniceria — de 2009 a setembro de 2015, o bar de Facundo Guerra funcionou no Baixo Augusta. “É um ponto cheio de histórias, rodeado de prostíbulos e que lembra o Baixo Augusta de uns dez anos atrás. Ambos têm aquele espírito de inferninho”, diz Facundo. Segundo ele, a reforma custou 600 000 reais.
+ Antes na Rua Augusta, bar Z Carniceria reabre no Largo da Batata
Proprietário de baladas de sucesso como Lions, Yacht Club e PanAm, ao empresário também deve ser creditado o renascimento de outro destino boêmio das antigas: o bar do Maksoud Plaza, que nos últimos anos atraía apenas os hóspedes do local. Além de fazer o projeto do Frank, inaugurado ali no mês de abril, ele sugeriu a Henry Maksoud Neto, diretor-geral do hotel, contratar o premiado barman Spencer Amereno Jr. “Era um pecado deixar aquele balcão clássico entregue às moscas”, entende Facundo. Foi dele a ideia do nome, uma homenagem ao cantor Frank Sinatra, que se apresentou no hotel três anos após a sua inauguração, em 1981.
+ Conheça bares quase secretos onde é necessário agendar a visita