Tem um novo golpe na praça. Eu, pelo menos, não conhecia (e muita gente com quem falei também não). É o golpe do bolinho. Assim apelidou a chef vítima desse truque na segunda (31) em seu bar, no Itaim Bibi. “Estou absurdada!”, disse ela em uma live em sua rede social.
Segundo Nora Brass, um senhor “baixinho e gordinho” apareceu por volta das 17h no recinto, em uma discreta via do nobre bairro, entregando três sacos de bolinho de bacalhau congelado.
“Ele falou que tinha que entregar esses bolinhos e tinha que receber, ele sabia o valor e tinha que ser em dinheiro. Só que a gente tinha feito fechamento de caixa, não tinha nada no caixa”, narrou a cozinheira. “Estranhei porque ele sabia o nome do meu sócio”, me contou ela nesta terça (1º).
Nem ela nem o sócio estavam no local. Uma funcionária que foi surpreendida pela visita inesperada ligou para a chef a fim de confirmar a encomenda e saber como realizaria o pagamento. O senhor, então, avisou que tinha que fazer outras entregas e que voltaria depois.
Mas, nesse ínterim, ele acabou afanando o celular do bar e saiu numa disparada. “Em desabalada carreira.” O segurança da rua tentou alcançá-lo e não conseguiu. “Era um celular velhinho de tudo, um Moto G6 que usávamos só pra Spotify e calculadora”, conta Nora. “O foco do golpe acho que era receber o pagamento pelos bolinhos.”
“Foi a coisa mais bizarra do mundo: só colou aqui, deixou três quilos de coxinha e levou o celular do bar embora”, resumiu.
Como Nora revelou, o petisco, na verdade, era coxinha. E a dúvida que fiquei foi: teria Nora as provado? “Não”, ela respondeu. “Fiquei com receio de estar zoada com alguma coisa e também já estava toda descongelada”, afirma. Melhor assim.
É triste, mas o golpe se repete e nem sempre dá certo. Quem também passou por uma situação semelhante foi o chef Rômulo Morente, do bar Moela. No mês passado, um homem apareceu na unidade de Pinheiros do boteco, citou o nome do cozinheiro e alegou para o gerente que havia um pedido de bolinhos a ser entregue. Como a resposta ao visitante foi a de que não haviam encomendado nada, o falso entregador foi embora de mãos abanando. “Tinha bastante gente trabalhando no horário, senão acho que ele teria tentado pegar algo”, acredita Morente.
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