Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Um guia básico para harmonizar vinhos com peixes e frutos do mar

Veja sugestões de garrafas para abrir quando for saborear vieira, vôngole, atum, bacalhau…

Por Marcelo Copello
Atualizado em 13 fev 2023, 18h58 - Publicado em 10 fev 2023, 06h00
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  • > Na estação mais quente do ano, em geral, buscam-se pratos mais leves. Naturalmente, é nesta época que o consumo de peixes e frutos do mar aumenta, trazendo junto os vinhos brancos, rosados, espumantes e também os tintos jovens e sem estrutura. São inúmeras as possibilidades de casamento entre mar e vinho. Seguem alguns enlaces clássicos.

    > As ostras ao natural, por exemplo, têm no chablis, branco fresco da uva francesa chardonnay, seu casamento mais notório, mas podem ir bem também com um muscadet ou um espumante branco jovem.

    > O salmão, se fresco e ao molho cítrico, por exemplo, fica lindo com um sauvignon blanc, mas, se defumado, pede mais caráter, daí a sugestão é um espumante rosé.

    > O atum, outro peixe muito apreciado, é versátil. Se preparado à moda mediterrânea com tomate, pode suportar bem um tinto, como um pinot noir do novo mundo. Mas se tiver sotaque oriental, com molho agridoce ou como sushi/sashimi, fica uma perfeição com um riesling alemão com uma ponta de doçura.

    > Outros peixes azuis, como sardinha, arenque e anchovas, requerem tintos jovens e nervosos, como um vinho verde tinto e um bandol, mas também podem ficar surpreendentemente bons com um jerez fino.

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    > Para quem quer investir, uma lagosta à thermidor forma um par suntuoso com um borgonha branco ou chardonnay barricado de outra origem. O mesmo chardonnay ou brancos barricados podem escoltar o indefectível linguado à belle meunière, uma truta ou vieiras gratinadas. O paladar amanteigado do prato se repete no vinho.

    > A paella, se for marinera (de peixe e mariscos), encontra o par ideal em um rosé, de preferência um mais intenso, como são os espanhóis. Para uma paella valenciana, que leva carnes suína e de frango, o ideal é um tinto de safra recente e macio.

    > O bacalhau, um ícone, se em molhos cremosos como na brandade, associa-se bem a brancos marcantes, como um alvarinho, ou outro com carvalho. Se em molhos com tomate e azeitonas, o pescado combina com um tinto jovem e de médio corpo.

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    > O ceviche vai bem com um branco aromático e de acidez alta, como um sauvignon blanc do Chile ou da Nova Zelândia.

    > Massas, caso do espaguete ao vôngole ou do linguine com frutos do mar, podem ser abraçadas por brancos macios, sem madeira, minerais, como um verdicchio dei Castelli di Jesi, gavi di gavi ou um viognier.

    > O grelhado de frutos do mar se adapta a qualquer branco jovem e sem madeira, ou mesmo um leve rosado da Provence.

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    DARK HORSE THE ORIGINAL CHARDONNAY 2018 Californiano de 100% chardonnay, amadurece em barricas de carvalho francês e americano. Cor dourada. Aroma com madeira bem aparente, frutas bem maduras, baunilha, amanteigados, caramelo, mel. Paladar com alguma doçura, muito macio. Pode ficar interessante com pratos orientais, como atum agridoce. R$ 105,76, na Wine.

    ALTO DE LA BALLENA VIOGNIER 2020 Da vinícola Alto De La Ballena, da região de Maldonado, no Uruguai. 100% viognier, sem madeira, cinco meses sobre as borras. Palha claro, aroma fresco, floral, mineral. Pala dar leve, fresco e macio. Pode ir bem com espaguete ao vôngole ou com linguine com frutos do mar. R$ 199,90, na Evino.

    T.H. [TERROIR HUNTER] VALLE DE LEYDA PINOT NOIR 2021 Da vinícola Undurraga, feito com 100% pinot noir do Vale de Leyda, amadurece um terço em carvalho, um terço em inox e um terço em ovos de concreto por doze meses. Rubi quase escuro. Aroma frutado, com notas de framboesa e especiarias. Paladar de médio corpo, boa acidez. Fica bem com uma boa gama de pratos do mar, como salmão, atum, paella valenciana e bacalhau. R$ 211,75, na Wine.

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    DOMAINE TARIQUET RÉ-SERVE CÔTES DE GASCOGNE IGP 2019 Do produtor Domaine Tariquet da Côtes de Gascogne, no sudoeste da França, elaborado com as castas gros manseng, chardonnay, sauvignon blanc e sémillon, com seis meses em barricas de carvalho. Cor dourada, com aroma de frutas maduras, flores, madeira, mel, amêndoas. Paladar de bom corpo, macio. Pode combinar com truta, vieiras gratinadas, lagosta. R$ 254,00, na Evino.

    Publicado em VEJA São Paulo de 15 de fevereiro de 2023, edição nº 2828

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