Quando ensaiou os primeiros passos na cozinha, Pier Paolo Picchi namorou a culinária de vanguarda, em especial a espanhola. Chegou a montar cardápios moderninhos em endereços como o extinto Café Antiqüe e o restaurante do hotel Emiliano. Ao fim dessas experiências não muito bem-sucedidas, o chef abriu uma casa com seu sobrenome, no Itaim, onde oferecia receitas italianas refinadas. Embora elaborasse alguns pratos memoráveis, o lugar nunca decolou e, depois de quatro anos de funcionamento, encerrou as atividades em outubro. O cozinheiro decidiu então simplificar a proposta original. Dois meses atrás, ele abriu a Trattoria Rosticceria Picchi, na qual se provam receitas um pouco mais simples mas com um traço de requinte.
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Além do couvert, ele dispõe de um saboroso mix de antepastos vendido por peso (R$ 88,00 o quilo). Há pedidas como caponata, sardinha marinada e porchetta, mais queijos e frios. A lista de entradas inclui uma ótima berinjela à parmigiana (R$ 26,00), muito semelhante às encontradas na região da Campânia e na Sicília. Principais atrações do cardápio, as massas são fechadas antes de ir à mesa. Entre as pedidas mais atraentes, um ravióli recheado de camarão e abobrinha banhado em um delicado molho branco aromatizado por limão-siciliano com crustáceos por cima (R$ 56,00).
Na sobremesa, dois acertos são o tiramisu (R$ 16,00) e o pudim de leite (R$ 12,00). A carta de vinhos reúne rótulos apenas da Zahil, e seus preços têm acréscimo de 20% sobre o valor cobrado na importadora. Uma das sugestões italianas, o San Gervasio Rosso 2008, custa R$ 99,00. Na entrada do restaurante funciona uma rotisseria, onde se encontram produtos como galeto assado, antepastos e massas frescas.
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