A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, afirmou nesta quarta (15) que, se não chover nas próximas duas semanas, a água da primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira acabará em meados de novembro. Entretanto, ela confia que as precipitações devem voltar com mais intensidade a partir do dia 20 deste mês, como indicam as previões climáticas. As declarações ocorreram durante sessão da CPI na Câmara dos Vereadores da capital.
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O depoimento da presidente teve mais de três horas de duração. Nesse período, ela foi pressionada a apresentar respostas claras e objetivas sobre a extensão da crise hídrica enfrentada pelo estado. O prazo para o fim da atual cota do volume morto, por exemplo, só foi revelado após um questionamento insistente do vereador Roberto Tripoli (PV). Segundo Dilma, a captação da segunda cota do volume morto, ainda em estudo, poderá liberar 106 milhões de metros cúbicos de água, o que garantiria o abastecimento até abril de 2015.
Dilma Pena prometeu enviar para os vereadores uma série de documentos, inclusive um mapa da redução da pressão noturna na capital. “É fundamental comunicar sobre possíveis faltas d’água, para que as pessoas possam se programar”, argumentou o vereador José Police Neto (PSD), ao pedir o levantamento.
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Ao justificar a adoção do bônus por economia, em lugar do racionamento, a presidente afirmou que, se a Sabesp tivesse cortado a água dos moradores da capital, o Sistema Cantareira teria secado em agosto. “Temos segurança de que a estratégia utilizada foi a mais difícil de explicar, mas mais eficiente.” O vereador Nabil Bonduki rebateu: “O Cantareira teria menos água, mas os outros sistemas estariam bem.”
O plenário 1º de Maio estava cheio durante a manhã, algo incomum em época eleitoral. Além da presidente da Sabesp e do diretor econômico e financeiro da empresa, Rui Afonso, cerca de quarenta diretores também compareceram à CPI, mas não prestaram depoimento.
Para o presidente da CPI, o vereador Laércio Benko (PHS), a empresa continuará enfrentando desafios ainda que o abastecimento seja normalizado. “Se não chover, a água acaba. E se chover, o pessoal vai continuar anestesiado e daqui a dois anos o problema voltará com mais força.”