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São Paulo faz acordo para a produção de vacinas contra Covid-19

Comprovada a eficácia e a segurança da vacina, o Instituto Butantan poderá fornecer o medicamento ao SUS de forma gratuita até junho de 2021

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jun 2020, 13h27 - Publicado em 11 jun 2020, 12h56
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  • O governo de São Paulo anunciou hoje (10) uma parceria feita do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac Biotech para a terceira fase de testes para uma vacina contra o novo coronavírus. “Hoje é um dia histórico para São Paulo e para o Brasil, assim como para a ciência mundial. O Instituto Butantan fechou acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotech para a produção da vacina contra o coronavírus”, disse o governador João Doria (PSDB) em entrevista à imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo.

    “O mundo contabiliza hoje mais de 100 vacinas em desenvolvimento, vacinas contra o coronavírus, mas apenas dez atingiram a fase final de testes em humanos. A vacina do Instituto Butantan é das mais avançadas contra o coronavírus, e os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano”, esclareceu o tucano.

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    O acordo prevê a participação de São Paulo na participação de testes clínicos da vacina, com o acompanhamento de 9 000 voluntários brasileiros a partir do próximo mês de julho. Comprovada a eficácia e a segurança da vacina, o Instituto Butantan terá o domínio da tecnologia e a vacina poderá se produzida em grande escala no Brasil pela própria instituição, com fornecimento ao SUS de forma gratuita até junho de 2021. “Estamos falando da vacina contra o vírus que abalou o mundo, 216 países do mundo enfrentam hoje o coronavírus. Milhares de pessoas perderam suas vidas, milhões foram infectadas, agora temos uma janela da ciência para evitar o coronavírus. E o domínio dessa tecnologia é brasileiro e chinês”, disse o governador.

    A vacina foi batizada de Coronavac. A vacina já foi administrada a 1 000 pessoas nas fases 1 e 2 na China, e agora na terceira fase de testes será aplicada a 9 000 voluntários brasileiros. “O Instituto Butantan é respeitado em todo mundo por instituições de saúde, laboratórios e os maiores detentores de tecnologia do planeta. Ao longo de sua centenária história, o Butantan já ajudou a salvar milhões de vidas”, reafirmou João Doria. “Essa vacina é a nossa esperança e a nossa fé”. Assista: 

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    A Sinovac Biotech é uma afiliada da estatal Grupo Farmacêutico Nacional da China, sediada em Pequim. O laboratório obteve a autorização para começar testes em humanos em abril. Além desta iniciativa, há ao menos 133 candidatas a vacina contra o vírus causador da Covid-19 — dez deles estão na fase clínica, ou seja, sendo testas em humanos. Ainda assim, especialistas acreditam que a vacina estará disponível apenas em 2021.

    Outras vacinas também serão testadas no Brasil. Desenvolvida por pesquisadores de Oxford, a ChAdOx1, está na terceira e última fase dos ensaios clínicos. 2 000 brasileiros serão voluntários nos estudos, divididos entre São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a testar a eficácia da imunização contra o Sars-CoV-2.

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