Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, afirmou neste domingo (17) que a distribuição de vacinas contra a Covid-19 começa já na segunda (18), às 7h para os estados. A previsão é de que a campanha de vacinação comece na quarta (20), às 10h.
O ministro concedeu uma entrevista coletiva ao mesmo tempo em que o governador João Doria falava sobre a CoronaVac, que teve seu uso emergencial aprovado pela Anvisa. Ele mandou uma indireta ao governador paulista ao afirmar que não começa a vacinar com “jogada de marketing”. Uma enfermeira, Mônica Calazanz, recebeu uma dose da CoronaVac ao lado de João Doria momentos após a liberação da Anvisa.
O ministro também disse que a Saúde tem em mãos as vacinas do Butantan e da AstraZeneca, mas a pasta ainda não tem doses disponíveis sob seus domínios. O governo paulista irá enviar as doses da CoronaVac ao governo federal, mas a parte reservada a São Paulo permanecerá no estado.
“Está dado o primeiro passo para o início da maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, afirmou ele. “Poderíamos num ato simbólico ou numa jogada de marketing iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”.
“Todas as vacinas produzidas pelo Butantan estão contratadas de forma integral e de forma exclusiva para o Ministério da Saúde e para o PNI, todas, inclusive essa que foi aplicada agora. Isso é uma questão jurídica. Não vou responder agora, porque a Justiça que tem que definir. Como foi feita a entrega sem ter feito a liquidação nos nossos depósitos, para depois para a distribuição para o estado”, afirmou Pazuello.
Pazuello disse que as 6 milhões de doses do Butantan serão distribuídas proporcionalmente aos estados. “Qualquer movimento fora desta linha está em desacordo com a lei”.
Já há 11 milhões de doses prontas da vacina CoronaVac no Brasil – o pedido de aval, porém, refere-se a 6 milhões de doses. A vacina de Oxford ainda não está em solo brasileiro. O governo federal queria buscar 2 milhões de doses na Índia, mas teve os planos frustrados após o país asiático negar o pedido alegando que é preciso primeiro começar a própria campanha, iniciada no sábado (16).