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Medo de trote atrapalha pesquisa da CoronaVac em Campinas

Pesquisadores entram em contato por telefone e pacientes desligam achando ser golpe

Por Clayton Freitas
Atualizado em 11 jan 2022, 18h29 - Publicado em 11 jan 2022, 18h25
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  • Com medo de que a ligação telefônica que estão recebendo seja golpe, moradores de Campinas, no interior de São Paulo, estão se recusando a participar de uma pesquisa sobre a efetividade da CoronaVac.

    O estudo sobre a efetividade da vacina é desenvolvido por meio de uma parceria da Prefeitura de Campinas com órgãos tais como o Instituto Butantan, a Santa Casa de São Paulo, o Departamento de Medicina Preventiva e Tropical da Universidade de São Paulo e a Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília.

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    Segundo explica a enfermeira Priscilla Brandão Bacci Pegoraro, da Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas, atualmente o estudo está em sua segunda fase, e apenas 115 pessoas, de um total previsto de 900, aceitaram participar.

    “Como o DDD que origina a chamada não é o 019 [de Campinas] muitos não atendem, ou, quando o fazem, desligam quando as equipes começam a fazer as perguntas. Muitas estão receosas achando se tratar de golpe”, diz.

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    A primeira fase da pesquisa ocorreu de agosto a novembro de 2021 e envolveu seis unidades de saúde do município. Nesse período, as pessoas que buscavam atendimento médico em alguma dessas unidades e que apresentavam suspeita de Covid eram abordadas e convidadas a fazer parte da pesquisa. O objetivo foi o de selecionar as amostras positivas da doença e encaminhar para sequenciamento genético.

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    Nessa primeira fase a expectativa era reunir 1 800 participantes, porém os pesquisadores só conseguiram 500.

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    A segunda fase teve início ainda no final do ano passado. A opção de ligar para as pessoas se deu pelo fato de que, à medida que a vacinação avançava, a quantidade de atendimentos caía nas unidades de saúde.

    “O objetivo da alteração foi o de oferecer dados suficientes, já que houve redução de casos nos postos”, afirma a enfermeira.

    Entre outras perguntas feitas nessas ligações, é questionado se a pessoa tomou a vacina, qual foi o imunizante e se é portadora de comorbidades ou não.

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    Priscilla diz entender o receio das pessoas em atender o telefone e participar da pesquisa, porém afirma que a pessoa só é abordada e as perguntas são feitas após o aceite de um termo, que é gravado.

    Ela ressalta a importância da participação dos voluntários, porque só assim será possível aprimorar as informações sobre o imunizante.

    Além de Campinas, a cidade de Araraquara também participa do estudo.

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