O Ministério da Saúde informou que 143 milhões de brasileiros tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19. O número representa 80% do público-alvo de 177 milhões e pessoas.
Por ora, todas as pessoas com 12 anos de idade podem se imunizar contra a doença. Embora a imunização de crianças de 5 a 11 anos já tenha aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde o dia 16 de dezembro, ela ainda não tem data exata para acontecer. A intenção é que seja em janeiro próximo.
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Entre os motivos que deixam as crianças sem vacina contra a Covid está o fato da indisponibilidade da versão pediátrica da vacina da Pfizer, a fabricante que teve o aval da agência. Outro é o entrave criado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente curte o final de ano em uma praia de Santa Catarina, e chegou a dizer que sua filha não irá se vacinar.
A intenção de Bolsonaro é a de recomendar que crianças de 5 a 11 anos de idade só sejam vacinadas contra a Covid-19 desde que apresentem prescrição médica e o consentimento dos pais.
A autorização dos técnicos da Anvisa foi questionada até pelo médico Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde de Bolsonaro. O ministro impôs uma consulta pública sobre o assunto, que recebe as respostas até o dia 2 deste mês.
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Nesta terça-feira (28), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que começará a vacinar crianças contra a Covid-19 já em janeiro, independente do aval do Ministério da Saúde. “Acredito que teremos a vacina para as crianças logo no início de janeiro, com ou sem autorização do Ministério da Saúde”, disse, em um áudio distribuído pela assessoria de imprensa do governo estadual.
Só existem dois problemas a serem solucionados pelo tucano. A Pfizer informou negociar diretamente com o governo federal para a versão pediátrica da vacina. A outra questão é que a CoronaVac para crianças ainda não foi aprovada. Resumindo: Doria, anunciado com pré-candidato do PSDB à Presidência da República, prometeu vacinar as crianças já em janeiro, porém, não tem vacina para concretizar a promessa.
“Pacificada”
Queiroga disse nesta quarta-feira que a vacinação de crianças é uma “questão pacificada”.
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“A consulta pública é um instrumento da democracia, amplia a discussão sobre o tema e dá mais tranquilidade aos pais para que eles possam levar os seus filhos às salas de vacinação”, defendeu Queiroga em entrevista a jornalistas na manhã de hoje.
O ministro cobrou que os estados se manifestem na consulta pública. “Governadores falam em prescrição (médica), prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico, então eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais”, criticou.
Com informações da Agência Brasil