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Após decreto de Bolsonaro, Doria mantém academias e salões fechados em SP

"Aqui em São Paulo, o governo respeita e ouve o seu secretário da saúde, respeita e ouve o seu comitê de saúde", disse o governador nesta quarta-feira (13)

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 Maio 2020, 12h55
O governador João Doria: academias e salões de beleza fechados no estado de São Paulo (Divulgação/Veja SP)
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O governo de São Paulo se posicionou contra a inclusão das atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de “serviços essenciais”, conforme decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira (13), o governador João Doria (PSDB) afirmou que o estado não têm condições sanitárias de permitir o funcionamentos dos estabelecimentos citados.

“Aqui em São Paulo, o governo respeita e ouve o seu secretário da saúde, respeita e ouve o seu comitê de saúde. O comitê de saúde e o secretario de saúde do estado de São Paulo nos indicam que ainda não temos condições sanitárias seguras para autorizar a abertura de academias, salões de beleza e barbearias neste momento”, disse Doria na coletiva de imprensa. Governos de 17 estados e do Distrito Federal (DF) também já tinha se manifestado contrários à liberação proposta por Bolsonaro na segunda-feira (11).

O presidente incluiu as atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de “serviços essenciais”. Ou seja, para o governo federal, as atividades podem ser mantidas e os negócios podem permanecer abertos mesmo no período de isolamento social promovido para ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus. O decreto foi publicado em uma edição extra do “Diário Oficial da União” no fim da tarde de segunda-feira (11). Com a inclusão, o número de atividades consideradas essenciais chegou a 57.

O decreto do governo federal, no entanto, não é automático: o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que cabe aos estados e municípios da federação o poder de estabelecer políticas de saúde pública, como questões da quarentena, lockdown e a classificação de serviços essenciais.

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