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Como foi a noite da Virada Cultural

De vinho a metrô lotado, confira o que chamou atenção no evento

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 19 Maio 2019, 12h02 - Publicado em 19 Maio 2019, 11h24
Apresentação da Orquestra Sinfônica: público sentado e atento (Guilherme Queiroz/Veja SP)
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A Virada Cultural chega a sua 15ª edição com mais de 1 200 atrações. Os eventos lotaram o centro de São Paulo com atividades distribuídas em diversos palcos.

Neste ano, o friozinho de 20ºC, com sensação de 15ºC, fez o público escolher uma bebida pouco comum em shows de rua: o vinho. Até a versão rosé apareceu na mão da galera.

instalação praça da republica
Instalação, na Praça da República (Guilherme Queiroz/Veja SP)

Diferencial desta edição, instalações artísticas entretinham o público e compensavam o atraso de artistas como a dupla Rincon Sapiência & ÀTTØØXXÁ, que demorou mais de uma hora para subir ao palco montado na Praça do Patriarca.

Como de costume, a Virada atraiu um público eclético. No berço paulistano, o Pateo do Collegio, era possível encontrar centenas de pessoas sentadas em cadeiras de plástico, distribuídas pela organização, atentas à cantata Carmina Burana, executada pela Orquestra Sinfônica Municipal. Pelo clima sério, de quase Sala São Paulo, era de bom tom pedir licença para se levantar e evitar conversas altas no meio do espetáculo.

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milhares no show ofertorio vale do anhangabau
Mar de gente no Ofertório, de Caetano Veloso e filhos: cantoria e protesto (Guilherme Queiroz/Veja SP)

O show Ofertório, de Caetano Veloso e seus filhos, foi uma das grandes atrações da noite e a comprovação de que os paulistanos aderem, em peso, ao evento. Milhares de pessoas cantaram em frente ao Viaduto do Chá os sucessos do artista baiano.

O volume baixo do som em um show quase acústico fez os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro soarem mais altos. Ao fim da apresentação, Veloso relembrou o público dos atos marcados para o dia 30 de maio.

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FURTOS E INSEGURANÇA

Embora a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar estivessem rondando a região, não era difícil ouvir relatos de furtos em shows de grande concentração de público.

Para caminhar do Vale do Anhangabaú, onde rolam grande parte das apresentações, até o palco de música sertaneja, na Luz, os foliões tiveram que passar por vias mal iluminadas, que reforçaram a sensação de insegurança.

METRÔ LOTADO NA MADRUGADA

O metrô, com sua prometida operação noite adentro, estava lotado pelo fluxo de pessoas. Em alguns momentos, o mal planejamento ficou em evidência. O palco de rap, no Largo de São Bento, levou multidões para a porta da estação São Bento em shows como o de Baco Exu do Blues, o que tornou o extremamente difícil o acesso à estação.

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