Embora não tenha abandonado o trabalho de ator, o carioca, que faz 43 anos na quarta (17), focou sua carreira na direção nos últimos tempos. O drama Angie, que acaba de estrear, foi rodado nos Estados Unidos e reúne astros como Andy Garcia e Juliette Lewis.
VEJA SÃO PAULO: Angie é seu segundo filme americano. Por que você não faz algo no Brasil?
MÁRCIO GARCIA: Embora eu tente filmar aqui, tudo é mais difícil. Por outro lado, os brasileiros precisam perder o preconceito de fazer filmes em inglês — o americano é um povo preguiçoso para ler legenda. Claro que existem histórias que precisam ser contadas em português, mas um filme em inglês pode atingir o mundo inteiro e aumentar a nossa visibilidade. Nos meus longas, eu tento não mostrar a pobreza e prefiro focar as cidades e as coisas bonitas que temos.
VEJA SÃO PAULO: Seu próximo projeto também será em inglês?
MÁRCIO GARCIA: Estou com algumas produções no forno, vamos ver qual vingará primeiro. Uma delas é a adaptação do livro Diário de uma Ex-Gordinha, que deve fazer boa bilheteria e será em português. Há também uma versão americana em longa-metragem do meu curta Predileção, de 2009.
VEJA SÃO PAULO: Como fica a sua carreira de ator?
MÁRCIO GARCIA: Sou contratado da Rede Globo e fiquei envolvido dois anos no projeto do seriado A Teia, que estreia em julho. Novelas fazem parte da minha história, mas é sempre bom dar uma descansada na imagem. Confesso que estou morrendo de saudade de interpretar um personagem. Meu último trabalho como ator ainda vai ao ar: trata-se de uma participação em dois capítulos da nova novela das 9, Amor à Vida.