Com ares de centro cultural e paredes cobertas por grafites, um novo espaço na Vila Mariana abrirá as portas com oficinas, área de shows e palestras, food truck e quadra de basquete. Após dois meses de reforma, o LabOF será inaugurado em 25 de junho pelos sócios Bruno Bernardo e Bruno Garms, que preferem descrever a empreitada como um “distrito de arte e cultura”.
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“Até porque uma das nossas propostas é renovar essas obras a cada seis meses, transformá- las em NFT e repassar o valor das vendas para cada artista”, conta Bernardo, que migrou de uma agência publicitária, em 2018, para criar a própria empresa com o colega. “Na Vila Olímpia, apesar da área privilegiada, nosso escritório ficava em uma rua abandonada, pequena e sem iluminação. Precisávamos de um lugar que servisse tanto para o escritório como para esse novo propósito.”
Na nova localização, eles encontraram o imóvel perfeito — três imóveis, na verdade, que se transformaram em um único lugar de quase 2 000 metros quadrados após o investimento de 350 000 reais. “Dividimos entre escritório, ilha de edição para nossos clientes e uma grande arena com mezanino”, descreve.
É nesse pátio que eles esperam receber principalmente a vizinhança da região em ações organizadas sempre aos sábados, além da possibilidade de fazer confraternizações e eventos fechados com capacidade para até 400 pessoas. “Queremos ter oficinas infantis, minifestivais com bandas independentes e aulas comandadas por moradores, como um fotógrafo aposentado, por exemplo.”
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Na abertura, a dupla planeja um evento fechado para a gravação do clipe do cantor Rodrigo Sá e, em 2 de julho, o público será recebido com uma exposição do artista Cusco Rebel, que faz parte da sociedade com os dois publicitários. Vitor Faria e Lukas Carmona também participam.
Para os próximos fins de semana, eles pretendem divulgar a agenda, sempre gratuita, pelo Instagram oficial.
Mais de trinta artistas e grafiteiros assinam os desenhos escolhidos para ocupar e colorir o local, entre eles Rômulo Deu Cria, Lucas Paulucci e Pomb. Durante a renovação, o movimento no endereço já tem aguçado a curiosidade dos vizinhos. “O portão fica aberto, às vezes perguntam o que estamos fazendo e queremos justamente isso, que parem para entrar e conviver”, diz Bernardo.
“Nosso compromisso principal foi escolher um lugar sem vida, quase abandonado, para fazer uma transformação rápida”, acrescenta Garms. “E as obras parecem não ter fim, mas precisam acabar a tempo!”
Rua Tangará, 132, Vila Mariana. Grátis. @labof_
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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de junho de 2022, edição nº 2793