Imagine poder caminhar em meio a projeções de vídeo e som de tambores em pleno Pavilhão Japonês, no Parque Ibirapuera? Pois é exatamente essa experiência que a Fundação Japão em São Paulo promove a partir do dia 7 de março, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo).
Em apenas cinco apresentações exclusivas do evento Japão Digital – Projeção Mapeada no Pavilhão Japonês, os visitantes atravessarão espaços com imagens projetadas previamente mapeadas por um software de tecnologia nipônica, criado especialmente para essas apresentações, em sincronia com exibições de taiko, tambor japonês, do grupo Wadaiko Sho. Também haverá exibições artísticas em diferentes espaços do pavilhão e projeções mapeadas interativas, que reagirão de acordo com a movimentação dos visitantes, atraindo de crianças a adultos.
O evento foi criado para celebrar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2020, que serão realizados novamente em Tóquio, após 56 anos desde a primeira edição na capital nipônica. O local foi escolhido por ser um dos mais representativos pavilhões japoneses do Brasil.
“Este ano será muito marcante para o esporte e para o intercâmbio cultural Brasil-Japão, então essa foi a forma que encontramos de presentear a cidade de São Paulo e reafirmar esse laço”, afirma Masaru Susaki, diretor-geral da Fundação Japão em São Paulo.
Além das competições esportivas no Japão, o Bunkyo comemora, em 2020, 65 anos de atividades e a Fundação Japão em São Paulo, os 45 anos da instituição no Brasil.
Wadaiko Sho
O grupo de tambores japoneses foi criado pelo musicoterapeuta Setsuo Kinoshita e pela socióloga Mitsue Iwamoto, em 2002, e busca harmonizar a genialidade das culturas do Brasil e do Japão e as diferenças existentes entre elas, tanto em seu repertório quanto em suas atividades.
O nome foi inspirado na terapia japonesa que tem como base a arte dos tambores que visa desenvolver a saúde física, mental e social. O instrumento de percussão é tocado com a mão ou com o uso de uma baqueta e exige habilidade rítmica e preparo físico para sustentar batidas homogêneas e obter um som satisfatório.
Pavilhão Japonês
Construído com materiais e técnicas tradicionais nipônicas, o Pavilhão Japonês do Parque Ibirapuera tem como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do imperador em Kyoto. Sua estrutura foi transportada desmontada, em navio, e reúne matérias-primas trazidas especialmente do Japão, tais como madeiras, pedras vulcânicas do jardim e lama de Kyoto – que dá textura às paredes, entre outros.
Sua construção no Brasil contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão. Construído às margens do lago do parque, o pavilhão é composto de um edifício principal suspenso que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, jardim, além de um belíssimo lago de carpas.
É um dos dois únicos pavilhões fora do Japão a manter suas características em perfeito estado de conservação. O outro é o Shofuso – Solar do Pinheiro e do Vento, atualmente instalado no Fairmount Park, na Filadélfia (Estados Unidos).
Serviço
Japão Digital – Projeção Mapeada no Pavilhão Japonês
Data: 7, 8, 13, 14 e 15 de março de 2020
Horários: 18h30 às 21h
Apresentações de taiko com projeção mapeada: às 19h e às 20h
Local: Pavilhão Japonês (Parque Ibirapuera)
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, entrada pelos portões 3 e 7 (estacionamento) e portão 10 (pedestres), São Paulo, SP
Ingressos: R$ 15 inteira | R$ 7,50 meia
Pacotes família: https://www.sympla.com.br/bunkyo