Avaliadas respectivamente com quatro, três e duas estrelas, as mostras Impressionismo e o Brasil, Boom, individual Alexandre da Cunha, e Steve Jobs, o Visionário se voltam para públicos bem diferentes. Enquanto a exposição do MAM reúne belos quadros de Renoir e outros impressionistas brasileiros, Alexandre da Cunha tenta chocar o visitante numa mostra experimental no Edifício Copan. Já quem escolhe em visitar o MIS são fãs do magnata americano Steve Jobs e interessados em conferir os primeiros modelos da Apple.
O Impressionismo e o Brasil, no MAM
Desde o nome, a mostra em cartaz no MAM já traz uma surpresa. Tradicionalmente, o movimento artístico é associado à França, onde surgiu, nos anos 1870. Mas também conquistou adeptos por aqui. A seleção do curador Felipe Chaimovich inclui artistas estudantes da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro do século XIX, que foram pioneiros nesse gênero caracterizado por um tipo de pintura rápida, feita ao ar livre. Classuda e didática, a mostra de quatro estrelas é uma das mais bonitas em cartaz na cidade.
A obra de maior peso (literalmente) da exposição avaliada com três estrelas é Mix, uma betoneira de mais de 1 tonelada detonada em quatro partes. A ideia é remeter à quantidade de concreto usada no Edifício Copan, onde fica o espaço Pivô, e assinado por Oscar Niemeyer. Seus 35 andares têm 400 quilos do material por metro cúbico. Escovões de limpeza, toalhas e roupões, entre outros elementos cotidianos que normalmente não estão associados a obras de arte, montam as outras surpreendentes instalações e fazem referência ao dia a dia dos apartamentos.
Para quem espera um show de tecnologia e interatividade, marcas registradas do empresário americano, a mostra pode decepcionar, justificando as duas estrelas na avaliação. No MIS, o visitante passeia pelos 210 itens reunidos, entre objetos, vídeos e fotos, que eles se dividem em seis núcleos para compor uma narrativa do processo de criação de alguns produtos famosos.