No lugar de tela e pincel, o artista Nathan Sawaya usa o brinquedo Lego como matéria-prima de suas obras. Ele assina criações impressionantes, que já passaram por oitenta países: são cerca de 1 milhão de pecinhas para cada exposição. A partir de quinta (11), suas peças chegam na Oca, na exposição intiulada The Art of The Brick. Ele mostra recriações de clássicos como O Beijo, de Gustav Klimt, e David, de Michelangelo, e também produções gigantescas como um dinossauro que mede 6 metros de extensão e totaliza mais de 80 mil pecinhas.
O americano que largou a profissão de advogado de sucesso para se dedicar totalmente ao brinquedo tem cerca de 5 milhões de tijolinhos à sua disposição no seu ateliê, em Los Angeles. Ele as divide por cores e formas e, acredite, não tem nenhum desconto especial da marca Lego (!). Mesmo comprando centenas de milhares de peças por mês, ele insiste em não ter benefícios, para que continue seu trabalho indepentende.
Haja paciência
Para completar peças de tamanho humano, o tempo necessário é de duas a três semanas – sem qualquer ajuda de assistentes. Achou muito? Para outras obras imensas, como o Dinoussauro Rex, o tempo de dedicação leva cerca de três meses.
Mas, ele não faz apenas um exemplar de cada obra. Agora, por exemplo, ele também está com exposições em cartaz em Hamburgo, na Alemanha, e em Seattle, nos Estados Unidos. Para o Brasil, as oitenta peças vieram de navio, acompanhadas por todo o cenário já pronto. Para não sofrerem danos no trajeto, as pecinhas vêm coladas uma na outra. Em São Paulo, os trabalhos foram recebidos por oito pessoas de sua equipe, que vieram para montar a mostra exatamente como Sawaya projetou.
Dica valiosa: para saber as histórias curiosas por traz de cada uma das obras, baixe o aplicativo The Art of the Brick com o audioguia da mostra. Outro conselho: vale comprar seu ingresso de R$ 20, 00 pela internet. Em quinze dias, cerca de 7 mil ingressos já foram vendidos, antes mesmo que a exposição abrisse.