Continua após publicidade

“Desde os meus 13 anos eu tinha certeza de que ficaria com ele”

Precoces, Mayara e Bruno sempre dividiram os problemas e as felicidades da vida; agora, eles são influenciadores digitais de decoração

Por Mayara Sá em depoimento a Fernanda Campos Almeida
15 out 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • “Eu e Bruno somos como óleo e água. Eu sou completamente agitada e ele é tranquilo, mas temos a lealdade e o companheirismo como elementos muito fortes em nossa personalidade.

    Ele, como publicitário, já recusou propostas de trabalho na Inglaterra e na Argentina para ficarmos juntos. Eu me formei em direito, mas depois comecei a trabalhar com publicidade com ele. Primeiro criamos um perfil de decoração — uma das minhas paixões — do nosso apartamento (@apto161) no Instagram. Decoramos todo nosso espaço em parceria com marcas e seguidores começaram a nos perguntar como tínhamos feito isso. Daí surgiu nossa própria agência, a 161 PRO, e não paramos mais.

    mayara e bruno sendo fotografados do lado de fora de uma janela. eles estão abraçados com os rostos quase colados um no outro e estão sorrindo
    Catorze anos juntos: apesar de serem jovens, Mayara, 27, e Bruno, 33, se conheceram bem jovens e ela diz que desde cedo sabia que iriam ficar juntos (Reprodução/Arquivo Pessoal/Veja SP)

    +Assine a Vejinha a partir de 12,90.

    Eu conheci o Bruno muito nova, com 13 anos. Ele morava no mesmo condomínio que minha amiga e viu uma foto minha com ela na internet, gostou de mim e pediu meu MSN. Começamos a conversar e o papo durava horas. Nosso combinado era compartilhar com o outro uma música nova todos os dias. Ele queria me ver, mas eu nunca tinha ficado com alguém antes e morria de vergonha de encontrá-lo. Tinha medo de fazer algo errado e ele não falar mais comigo. Era tudo novo para mim. Eu era o tipo de garota tímida e caseira. Enrolei ele por três meses até ser chamada para uma tarde de filmes no condomínio dele. Na pausa, ele avisou que sairia para beber água e eu entendi aquilo como um convite. Demos nosso primeiro beijo e no mesmo dia ele me pediu em namoro. Eu já queria, mas disse que precisava pensar.

    Em uma ida ao cinema, ele refez o pedido com um anel provisório, aquele de plástico com formato de diamante que vinha dentro dos pacotes de salgadinhos da época. Era nosso segredo, já que demorei mais alguns meses até ter coragem de contar aos meus pais sobre o relacionamento. Antes das minhas aulas de inglês, ele pedalava quilômetros só para ficar comigo por quinze minutos. A gente fazia de tudo para ficar juntos. Bruno insistia em não namorar escondido e queria conhecer meus pais.

    Quando contei à minha família, meu irmão mais novo, ciumento, fez um escândalo e bateu a porta. Engraçado que hoje eles são melhores amigos.

    Continua após a publicidade

    +Assine a Vejinha a partir de 12,90.

    Conversávamos tanto que passávamos do limite. Bruno gastava todo o salário do estágio do banco em que trabalhava para pagar a conta de telefone.

    Na mesma época descobri que tinha uma doença rara no meu olho direito chamada prolapso uveal, semelhante a um cisto. Confirmei com o Bruno se ele realmente queria ficar comigo mesmo com o diagnóstico. Médicos acharam que poderia evoluir para um câncer, e eu não queria que ele sofresse comigo. Eu me sentia culpada, mas ele respondeu que não existia a possibilidade de me deixar. Comecei a ter vergonha de olhar as pessoas nos olhos e de aparecer em fotos. Foram treze anos passando por médicos aqui e no exterior. Bruno me acompanhou durante toda a procura, até 2019, quando finalmente fiz minha cirurgia.

    Continua após a publicidade

    Nós dois criamos nosso plano de vida juntos desde o começo. Ele me pediu em casamento de forma simbólica aos 19 anos, quando eu estava começando a faculdade. Na época ainda não tínhamos grana para ter nossa casa.

    +Assine a Vejinha a partir de 12,90.

    mayara e bruno sorrindo segurando o cachorro Jaiminho
    Mayara e Bruno com o xodó da casa, Jaiminho (Reprodução/Instagram/Veja SP)

    Quando completamos dez anos de namoro, Bruno fez uma reserva no Ruella Bistrô, na Vila Olímpia, e me pediu para ir bem-arrumada. Sem eu saber, ele comprou as alianças e falou com nossos pais antes de fazer o pedido oficial. Para mim, casar com ele sempre foi algo certo, mesmo com amigos dizendo que eu era muito nova. Nossa primeira viagem sozinhos foi nossa lua de mel para a Grécia. Descobrimos a vida adulta juntos depois do matrimônio e sou grata ao Bruno por ter me tornado a pessoa que sou hoje.”

    +Assine a Vejinha a partir de 12,90.

    Publicado em VEJA São Paulo de 20 de outubro de 2021, edição nº 2760

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de São Paulo

    a partir de 39,96/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.