Durante a primeira CCXP (Comic Con Experience), realizada no São Paulo Expo em 2014, a sensação era de novidade. À época, São Paulo recebia um espaço só para os nerds conferirem os lançamentos de suas marcas favoritas, conhecerem ídolos e admirarem cosplayers. Ao longo dos anos, o festival foi crescendo. O pavilhão se tornou a casa dessa celebração, tendo recebido milhares de visitantes e convidados do cinema, da TV, dos quadrinhos, dos games e da literatura. Hoje, a organização do evento paulistano afirma que esse é o maior do mundo dentro do mercado de cultura pop, ultrapassando até a feira de San Diego, na Califórnia.
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Em 2019, última edição pré-pandemia, o festival teve seu melhor rendimento, recebendo 280 000 visitantes. Após dois anos de CCXP Worlds, conferência virtual criada por causa do isolamento social, o evento se organiza para retornar com foco total na troca presencial. Está marcado entre 1º e 4 de dezembro e as vendas de ingressos já começaram — custam a partir de 120 reais. Neste ano, a meia social terá como regra a doação de 1 quilo de alimento, que deverá ser entregue na entrada.
Roberto Fabri, VP de conteúdo e marca da CCXP, diz que a equipe está com desejo represado de “fazer acontecer” e promete que a edição de 2022 será a maior de todos os tempos. “Voltamos com toda a forma e estamos otimistas diante do cenário da pandemia. E são três motivos para isso: a nossa vontade enquanto organizadores, a da própria comunidade e a dos estúdios em trazer conteúdos.”
Após o crescimento do virtual e o fato de a CCXP Worlds ter alcançado novos públicos, Fabri diz que a CCXP 2022 terá sinal aberto de alguns conteúdos: “Esse é um ponto em que a gente não tem como voltar atrás”. No entanto, ele defende a força do formato ao vivo. “Na hora em que uma atriz como Gal Gadot (de Mulher-Maravilha, que participou da CCXP 2019) entra no Palco Thunder, a principal atração, com 3 000 pessoas vibrando, essa ação traz um impacto tanto nacional quanto internacionalmente.”
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As confirmações dos nomes de artistas convidados devem começar a rolar a partir desta semana. Fabri adianta que houve uma reestruturação no evento a fim de chamar a atenção do público. “O Palco Creators, com uma área de 1 500 metros quadrados, vai para o pavilhão com um tamanho quase duas vezes maior — cerca de 2 700 metros quadrados. É onde teremos conteúdos de influenciadores e estará mais próximo da área de cosplay”. Um game show do humorista Ed Gama e uma arena de podcasts também estão entre as novidades.
Antes da CCXP em dezembro, será realizada, em 15 de julho, a CCXP Awards. É uma cerimônia que premiará os melhores produtos nacionais e internacionais em várias artes. Haverá transmissão on-line e Fabri vê potencial no evento de fortalecer o mercado. “A CCXP passa a ser uma plataforma de conexões entre pessoas e marcas de cultura pop.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 11 de maio de 2022, edição nº 2788