“Medidas da incerteza” será o ponto de partida da 32ª Bienal, programada para setembro de 2016, sob curadoria do alemão Jochen Volz. O tema abrangente (e um tanto nebuloso) reflete sobre problemas contemporâneos como o impacto do homem na natureza, a extinção de espécies, o esgotamento de modelos econômicos e sociais e até a busca de novas propostas de educação.
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“A arte tem força transformadora”, disse Volz em entrevista coletiva nesta quarta (4) ao anunciar as primeiras informações do evento. Na sua visão, a arte consegue tirar a incerteza dessa zona cinzenta e de caráter negativo com que costuma ser encarada.
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Para isso, o evento que está orçado em 29 milhões de reais comissionará trabalhos novos, muitos para serem executados no próprio pavilhão, de artistas individuais e de coletivos de áreas interdisciplinares.
Haverá também obras digitais que possam ser acessadas de qualquer lugar. “Quero artistas que alarguem nossas medidas de classificação de arte, que abalem o que se toma como certo”, complementou o curador, que fez parte da 27ª Bienal de São Paulo, em 2006, e da 53ª Bienal de Arte de Veneza, em 2009.
Além de Voltz, três nomes vão compor a equipe curatorial: Julia Rebouças, com quem ele trabalhou no Instituto Inhotim, a artista e curadora de Joanesburgo Gabi Ngcobo e Lars Bang Lars, historiador da arte dinamarquês.