A 33ª edição da Bienal de Artes de São Paulo anunciou parte dos nomes que vão integrar a exposição. A lista conta com doze artistas. No rol de homenageados, estão o guatemalteco Aníbal López (1964-2014), o paraguaio Feliciano Centurión (1962-1996) e a brasileira Lúcia Nogueira (1950-1998). Siron Franco exibe uma série histórica enquanto oito artistas desenvolvem projetos comissionados. Nessa última seleção, estão o carioca Nelson Félix, o catarinense Bruno Moreschi e as paulistas Vânia Mignone e Denise Milan (veja lista completa no final da matéria).
Nas seções dedicadas à López, Centurión e Nogueira, haverá de 30 a 40 obras de cada artista. A escolha dos referidos nomes, de acordo com o curador-chefe da mostra, o espanhol Pérez-Barreiro, remete à reflexão sobre os ditos núcleos históricos, vistos na exposição até a sua 26ª edição, em 2004. No conjunto dos comissionados, cabe dizer que há uma diversidade de linguagens que vão desde pinturas e instalações até obras que fogem dos suportes tradicionais.
POR DENTRO DA BIENAL
Em 2018, a Bienal ocorre de 7 de setembro a 9 de dezembro, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Ao contrário do que usualmente acontece, a equipe de Pérez-Barreiro não é composta por profissionais especializados em curadoria, mas sim por sete artistas. São eles: o carioca Waltercio Caldas, a paulista Sofia Borges, a argentina Claudia Fontes, a sueca Mamma Andersson, a americana Wura-Natasha Ogunji, o uruguaio Alejandro Cesarco e o espanhol Antonio Ballester Moreno.
Na exposição, cada um dos sete organizadores terá sob sua responsabilidade um núcleo. A articulação dessas “pequenas mostras” será orientada pela ideia de arquipélago. Em entrevista à VEJA SP no final de 2017,Álvaro Razuk, arquiteto responsável pela expografia, explicou um pouco sobre a proposta: “Entre eles, há espaços que não acontecem nada. Isso é bom para o público circular no lugar e perceber que saiu de uma experiência e está indo para outra”.
Diferente das outras edições, a Bienal de 2018 não terá um tema norteador. Peréz-Barreiro optou por escolher somente um título. A mostra será chamada Afinidades Afetivas, expressão que traz referências ao romance de Goethe, Afinidades Eletivas, de 1809, e à tese Da Natureza Afetiva da Forma na Obra de Arte, de 1949, do crítico, jornalista e professor Mário Pedrosa.
LISTA PARCIAL DE ARTISTAS DA 33ª BIENAL
1- Homenageados:
– Lucia Nogueira
– Aníbal López
-Feliciano Centurión
2- Projetos individuais
– Siron Franco (pintura)
– Denise Milan (escultura e instalação)
– Vania Mignone (vídeos e pinturas)
– Maria Laet (vídeos e pinturas)
– Tamar Guimarães (vídeo)
– Nelson Félix (instalação)
– Bruno Moreschi (trabalhos que fogem de suportes tradicionais)
– Luiza Crosman (trabalhos que fogem de suportes tradicionais)
– Alejandro Corujeira (pinturas e escultura)