Está aberta a temporada de compras para as festas de fim de ano. As confraternizações da empresa, os amigos reunidos, a família… E os presentes só vão crescendo na lista. Nesse momento é necessário controlar os gastos, para não cair nas ciladas das compras a prazo e estourar o orçamento mensal. “Antes de mais nada, é preciso parar e fazer um bom planejamento pessoal. As compras parceladas precisam ser pagas com o dinheiro que sobrou do salário. Nada de entrar em dívidas para pagar as dívidas”, explica o professor de finanças pessoais Fábio Gallo.
+ Quarenta lojas na cidade para economizar
Um dos principais pontos a se atentar é para as falsas ofertas. “Aquele preço promocional precisa ser calculado. Realmente é um desconto? Será que o parcelamento sem juros não está com o preço embutido?”, explica Gallo. “Sabemos que o produto anunciado muitas vezes pode ser encontrado mais barato mas acabamos comprando pela comodidade”.
A crise refletiu também no tíquete médio que será gasto neste fim de ano. As grandes redes de varejo estão sentindo nas vendas que o poder aquisitivo diminuiu. De acordo com pesquisa da Boa Vista SCPC, o valor dos presente será de 48 reais, 5,5% a menos do que no ano de 2014. Confira as dicas:
Avalie se compra vale a pena
Pense sempre que a compra só é vantajosa se ela realmente atender o seu objetivo final: agradar o presenteado e pagar um bom preço. “Levando em conta o momento de crise, é bacana escolher produtos bons e baratos, mas que agrade.
+ Restaurantes, bares e lanchonetes que oferecem valet de graça
Opte por produtos fabricados artesanalmente
A hora é de de vasculhar brechós, feiras de artesanatos e valorizar o trabalho manual. Isso fará com que você dê um presente mais íntimo, que agrade ambos os lados e o melhor: além de ajudar a renda de um artesão ou pequena empresa, você gastará bem menos do que um produto industrializado, carregado de impostos. “O legal é escolher opções mais criativas, feitas manualmente ou que dêem significado mais pessoal na peça”.
Planeje a quantidade de presentes e defina grau de importância
A ordem agora é não entrar em dívidas. Para isso, estipule o quanto você vai gastar para cada um dos presenteados e tente não fugir da regra. Dessa forma, você organiza melhor suas opções de pagamento. Em um mundo ideal, o pagamento à vista seria perfeito mas, se optar pelo parcelamento, tenha em mente que você precisa ter o dinheiro completo para quitar a fatura do cartão de crédito por inteiro. Fuja do pagamento mínimo. O juro do cartão de crédito é o mais alto entre as linhas de crédito pessoal.
+ Três opções de árvores com enfeites a bons preços no comércio popular
Cartão de crédito não é o seu melhor amigo, gaste apenas aquilo que você pode
Organizando de forma clara seu orçamento familiar, você saberá quanto sobra para gastar nas compras. Não adianta ter um cartão de crédito com limite de 5 000 reais se você não poderá pagar a compra no dia do vencimento. A utilização do cartão só está liberada se você tiver o dinheiro no dia do pagamento da fatura. Pagar o valor mínino incide em juros altíssimos. E lembre-se de verificar o andamento das suas compras, assim você não se perde nos gastos.
Pense as compras pelo valor total e pelo parcelado também; a parcela fará parte de seu orçamento até o fim
As duas coisas andam juntas. Nunca compre um produto caro demais se ele não vale tudo isso. E, logicamente, a parcela precisa caber no seu bolso. E um item importante é por quanto tempo essas parcelas vão caber no seu bolso. Quanto mais você parcelar, mais tempo você estará com seu orçamento comprometido.
Nunca utiliza o cheque especial para completar um pagamento à vista
É fato: você vai se atrapalhar. O cheque especial tem a segunda maior taxa de juros no item de créditos pessoais. Se você parar para pensar, vai acabar pagando juro do cheque especial e mais o valor da compra. É melhor você esperar ter o dinheiro, negociar novamente e comprar. A melhor conduta quando você não tem dinheiro é não entrar em uma dívida.
+ Mais de 20 produtos por até 100 reais na Rua Oscar Freire
Cuidado com o golpe da compra parcelada
As grandes lojas sempre oferecem o pagamento parcelado sem juros, mas, na verdade, isso não existe. O juro está sempre embutido no valor do produto. Sempre que você tem dinheiro livre para gastar com aquilo que você precisa, negocie o pagamento à vista e peça o desconto. Ou chore o preço de um produto melhor pelo mesmo preço.
Toda compra parcelada a longo prazo tem a desvantagem do juro composto; quando não dá pra fugir, parcele pelo menor tempo possível
Quando o produto exige um parcelamento de longo prazo, como carros, o ideal é oferecer a maior parte à vista, como entrada. Você deve parcelar o saldo pensando no valor que poderá oferecer mensalmente, até o final da prestação.