Saem as grandes obras dos empreiteiros, entram as obras de arte. Para criar ambientes leves na quarentena, Jorge Felipe, de 28 anos, fundador da Orí Design de Interiores, recomenda primeiro a pintura das paredes. “O que é clean para você pode não ser para outra pessoa, então é preciso detalhar ao máximo”, lembra Felipe. Ele sugere a utilização de tintas em tons claros de amarelo e azul, bem como tons pastel. Outra dica para não se frustrar com uma nova cor é pedir às lojas (por internet ou telefone) amostras de diversas tonalidades. Assim você pode testá-las em um pedacinho da parede e ter noção do resultado depois de secar.
A execução da pintura é facilitada com o uso de lonas para cobrir o piso e móveis. Um bom tutorial para iniciantes foi feito pela jornalista e blogueira Larissa Cunegundes, que pintou a sala sozinha e compartilhou a experiência em sua página no Facebook. Passada essa fase, fotografias e telas garantem o encanto. Da sua casa, de 28 metros quadrados, em São Bernardo, Jorge Felipe ensina uma técnica para planejar a instalação de quadros: “Transfira as dimensões da obra para um papel. Com esse molde, você pode escolher o melhor lugar sem ficar furando errado a parede”.
O que colocar?
Para guiar a escolha de itens para um cômodo, faça um painel com referências da internet, de livros e de revistas, por exemplo. Depois, vem o orçamento. Se for modesto, procure trabalhos como o de Ricardo Luis, que vende por 60 reais fotos que têm tirado dos arredores de sua casa durante o isolamento social. Para quem quer ir além, há os clubes de colecionadores. O do Museu de Arte Moderna (MAM) comercializa três fotos de nomes como Daniel Senise por 4500 reais, valor que pode ser parcelado em dez vezes.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 3 de junho de 2020, edição nº 2689.