Um balanço do que aconteceu desde a última edição do “Comer & Beber” e algumas tendências que darão o que falar:
+ Tudo sobre o “Comer & Beber” 2013
■ Banalização do gourmet – A palavra de origem francesa, usada para definir alguém que conhece e aprecia bons pratos e bebidas, transformou-se num adjetivo. Além de brigadeiro e café, ganharam o sobrenome gourmet coxinha, pastel, pipoca e até cachorro-quente. O que virá mais?
■ Chefs no bar – Cozinheiros de restaurantes bacanas têm levado sua experiência para os bares. Mudaram de lado do balcão, ou passaram a jogar nas duas posições, Salvatore Loi e Paulo Barros (Mozza), Carlos Bertolazzi (Karavelle Brewpub), Henrique Fogaça (Cão Véio), Fabio Koyama e Sérgio Kubo (Minato Izakaya), Bruce Le Greco (Forquilha) e Daniel Brum (Barteco)
■ Modinhas
- Aperol spritz: o drinque feito com prosecco, Aperol, club soda e uma fatia de laranja tem se firmado como a pedida do momento nos bares
- Priprioca: a raiz “descoberta” pelo chef Alex Atala virou matéria-prima de chocolaterias refinadas como Renata Arassiro Chocolates e Galeria Chocolates
■ Reviravolta em dois italianos
- Massimo: templo da alta gastronomia paulistana, frequentado por presidentes, ministros, grandes empresários e celebridades, a casa encerrou as atividades no dia 28 de setembro, depois de uma história de 37 anos
- Gigetto: inaugurado em 1938, o restaurante considerado “pai das cantinas” passou 44 anos na Rua Avanhandava, no centro. Nos próximos dias, promete reiniciar suas atividades na Rua 13 de Maio, no coração do Bixiga
■ Eles farão falta – Dois nomes importantes do churrasco faleceram neste ano: Marcos Bassi, do Templo da Carne, e Roberto Macedo, do Rodeio. Também partiram os italianos Nello De Rossi, fundador da cantina Nello’s — e famoso pelo bordão “Bonita camisa, Fernandinho!”, usado em um comercial de TV —, e Giancarlo Marcheggiani, chef do Italy. E ainda o elegante Armando Coelho Borges, que foi crítico de restaurantes de VEJA SÃO PAULO
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■ Comida de rua
- Pode virar lei: a Câmara Municipal aprovou um projeto para regulamentar a atividade de venda de comida de rua (hoje só vans de cachorro-quente podem ter licença). Para se tornar lei, a proposta precisa passar por outra votação e receber a sanção do prefeito Fernando Haddad
- Feirinhas: comer bem sem gastar muito em barracas de chefs badalados ou bons cozinheiros está em alta. Quatro eventos têm atraído muita gente: Mercadinho Chic, Feirinha Gastronômica e os itinerantes O Mercado e Chefs na Rua
- Pela janela: uma vez por mês, o Tordesilhas serve o caldinho paraense tacacá aos clientes na calçada da Alameda Tietê. É um sucesso
■ Sobe
- Wine bars: antes restritos a importadoras, os bares de vinhos agora têm espaço próprio e caprichado. Neste ano foram abertos quatro deles
- Produtos sem lactose nem glúten: entraram para valer no cardápio de restaurantes, lanchonetes, docerias e nas gôndolas de supermercados
■ Desce
- Frozen yogurt: não pegou por aqui como em terras cariocas. Muitas lojas fecharam as portas, e as que permanecem ficaram restritas aos shoppings
- Bolinho de arroz: para os donos de bares, a clientela não quer mais saber do quitute. Prefere o arancino, de origem italiana e feito com arroz arbóreo