Adoro documentários, sejam séries, sejam longas-metragens, sobre crimes. Já fiz vários posts sobre produções do gênero. E, agora, pegando carona no lançamento de O Falsificador Mórmon, descolei mais outras três atrações nas plataformas digitais.
O Falsificador Mórmon > O título original Murder among the Mormons (assassinato entre os mórmons) é melhor (e sem spoiler da série em três episódios. Em 1985, três atentados a bomba deixaram duas vítimas em Salt Lake City, cidade do estado de Utah, conhecido pela predominância de mórmons. Os capítulos, então, rememoram o que ocorreu na década de 80 envolvendo Mark Hoffman, fiel membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que virou um especialista em negociar documentos dos primórdios da religião mórmon. O documentário traz à frente das câmeras os homens que mantinham contato direto com Hoffman na compra e venda das relíquias e o esquema por trás de falsificações. Embora seja um registro específico de um fato americano, a história é tão inusitada que envolve com seus desdobramentos surpreendentes. Disponível na Netflix.
Complexo de Deus — Os Bebês do Dr. Quincy Fortier > É no mínimo chocante o que se vê no longa-metragem. Na década de 60, o consagrado doutor Fortier, ginecologista e obstetra, fundou um hospital para mulheres em Las Vegas. O local ficou conhecido como uma clínica de fertilização para casais que não podiam ter filhos. Em 2018, a detetive aposentada Wendi Babst fez um teste caseiro de DNA a fim de saber mais sobre seus antepassados. Descobriu, então, que tinha muitos meios-irmãos e cujo pai biológico de todos seria o próprio doutor Fortier. Ou seja: o médico usava o próprio sêmen para fertilizar suas pacientes sem o consentimento delas. Disponível na HBO GO ou HBO pelo NOW.
+Assine a Vejinha a partir de 6,90.
A Lenda da Ilha do Pó > Conforme o título indica, traz uma história em que nem tudo pode ter ocorrido segundo narrado. Foi um caso real, embora os mistérios permaneçam envoltos numa cortina de fumaça. Com a crise financeira nos Estados Unidos, entre 2007 e 2008, o construtor Rodney Hyden perdeu sua casa e economias e teve de se mudar com a mulher para um espaço diminuto na Flórida. Em conversas com seus novos vizinhos, descobriu que na ilha de Culebra, no Caribe, um hippie havia enterrado um carregamento de cocaína avaliado em 2 milhões de dólares. Em contato com traficantes e junkies, o inexperiente Hyden, então com 54 anos, bolou um plano para ir até lá e resgatar a droga. Como outras pessoas estavam envolvidas no crime e não quiseram aparecer no filme, o diretor Theo Love recria a maior parte dos depoimentos com atores. Também sem imagens de arquivo, o realizador encena quase todas as situações de suspense ou ação. Delicioso e envolvente, o resultado é um documentário ensaiado como se fosse uma comédia de ação. Disponível na Netflix.
Quer me seguir nas redes sociais? Anote:
Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
Twitter: @miguelbarbieri
Instagram: miguelbarbieri
YouTube: Miguel Barbieri Jr.