Glenn Close fez aniversário. Completou 66 anos de idade e tem quase 40 de carreira. E, absurdamente, nenhum Oscar na estante. Na minha opinião, não existe atriz mais injustiçada pela Academia – ao menos na geração dela. Meryl Streep, a diva, tem 63 anos e três merecidas estatuetas do Oscar. Sigourney Weaver, também de 63 anos, foi igualmente preterida por outras. Mas, pelo número de indicações, Glenn Close ainda ganha nas esnobações.
Na década de 80, período de seu brilho máximo, ela esteve cinco vezes no páreo. Consecutivas, as três primeiras foram ao Oscar de coadjuvante: O Mundo Segundo Garp (1983), O Reencontro (1984) e Um Homem Fora de Série (1985). Quando virou uma atriz de peso e requisitada, transformou-se em estrela na premiação do Oscar. E sempre saiu de mãos vazias. Tresloucada no papel de Alex em Atração Fatal, perdeu a estatueta para Cher em Feitiço da Lua, em 1988. No ano seguinte, esplêndida como a ardilosa marquesa de Merteuil de Ligações Perigosas, viu a douradinha parar nas mãos de Jodie Foster, por Acusados.
Nos anos 90, Glenn Close sequer passou perto do Oscar, embora tenha tido atuações memoráveis em O Reverso da Fortuna (1990), Hamlet (1990), Encontro com Vênus (1991), A Casa dos Espíritos (1993) e até na comédia infantil Os 101 Dálmatas (1996), dando vida à vilã Cruella De Vil. Com poucas chances no cinema na década seguinte, Glenn se reinventou na TV em grande estilo ao protagonizar o seriado Damages.
Mesmo perdendo espaço para novatas ou quase novatas, que já foram agraciadas com o Oscar (tipo Jennifer Lawrence, Natalie Portman e Reese Witherspoon), Glenn Close ainda conseguiu emplacar a sexta indicação no ano passado pela magnífica interpretação em Albert Nobbs. Mas pegou pela frente a imbatível Meryl Streep e sua sensacional Margaret Thatcher em A Dama de Ferro. Ainda vivo para ver Glenn pegar sua estatueta e sentir-se recompensada por uma filmografia notável.
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