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Giovanna Antonelli: “Se eu for cantada por uma mulher, vou achar um barato”

Na TV, Giovanna Antonelli interpreta Clara, casada com o personagem de Reynaldo Gianecchini e seduzida pela fotógrafa lésbica interpretada por Tainá Müller. O oposto se dá na comédia S.O.S. – Mulheres ao Mar no qual vive uma esposa traída pelo marido. Na entrevista abaixo, a atriz fala de traição, beijo gay, dedicação aos filhos, cantadas de […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 22h27 - Publicado em 20 mar 2014, 20h22
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  • Na TV, Giovanna Antonelli interpreta Clara, casada com o personagem de Reynaldo Gianecchini e seduzida pela fotógrafa lésbica interpretada por Tainá Müller. O oposto se dá na comédia S.O.S. – Mulheres ao Mar no qual vive uma esposa traída pelo marido. Na entrevista abaixo, a atriz fala de traição, beijo gay, dedicação aos filhos, cantadas de mulheres e muito mais.

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    Giovanna posa no navio de S.O.S. - Mulheres ao Mar

    Giovanna posa no navio de S.O.S. – Mulheres ao Mar

    Há traição no filme e, provavelmente, sua personagem vai trair na novela. O que pensa a respeito da infidelidade? Isso acaba sendo uma consequência na vida das pessoas. Eu sou muito clara quanto aos meus sentimentos. Na minha vida, quando senti que estava no final de um relacionamento, eu preferi acabar antes de ter outro envolvimento.

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    Na novela, talvez a Clara traia o marido por quem é apaixonada. Você acha que é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Eu não consigo. Gosto de amar uma pessoa de cada vez. Os filhos, sim, dá para amar ao mesmo tempo.

    Numa entrevista a Marília Gabriela, o ator Caio Castro disse não gostar de teatro e foi criticado. O que acha desse patrulhamento? Temos de aprender a respeitar a individualidade das pessoas. Ninguém é obrigado a gostar das mesmas coisas. É muito chato ter de falar o que os outros querem ouvir. Ninguém olha para o próprio rabo e acho muito chato o momento em que vivemos. Tenho coisas mais importantes do que me preocupar do que críticas e julgamentos.

    O ator Alexandre Nero escreveu no Facebook que falar “beijo gay” só reforça o preconceito. Concorda? O Nero é genial, inteligente, fala o que pensa, uma pessoa que eu adoro. Todo mundo fala que não tem preconceito, mas sempre pergunta “mas vai ter beijo gay?”. Quando me questionam se vai ter beijo na novela, eu respondo que se conseguirmos chegar até lá é porque as pessoas acreditaram na história.

    Você achou que foi um acontecimento histórico para a telenovela o beijo entre Félix e Niko, em Amor à Vida? Foi um grande passo, sim. Poder falar de amor livremente é muito bom. O amor verdadeiro é tão bonito… O que adianta eu ficar casada com um homem se eu sou tão infeliz?

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    emfamilia

    Giovanna e Tainá Müller na novela Em Família

    Por causa de sua personagem na novela, está levando mais cantadas das mulheres? Não e nem ligo para isso. Levo numa boa. Eu não sou cantada por mulheres. Nunca aconteceu, mas, se acontecer, vou achar um barato e dar muita risada.

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    Deu para se divertir no navio durante as filmagens de S.O.S. – Mulheres ao Mar? Ficamos mais de vinte dias a bordo e desci muito pouco. Mas o trabalho foi o mais divertido que eu fiz. Quando tive folga, desembarquei em Mallorca, fui para casa no Rio de Janeiro, fiquei três dias e voltei para Veneza. Eu queria muito ver meus filhos.

    Como dedica seu tempo a eles? Como estou na TV há anos, meus filhos foram inseridos no meu contexto de trabalho. Fora isso, tenho a minha família e a do meu marido que dão um suporte legal. Em geral, separamos o domingo para ficar com as crianças. O que importa é a qualidade e não a quantidade. Quando estou com eles, dou muito amor.

    Por que atua pouco no cinema? Por causa da televisão. Engato uma novela atrás da outra e, ao longo da carreira, tive muita sorte com os personagens. Eu posso falar não, mas não consigo. O ator busca bons papéis o tempo todo. E era uma personagem diferente na minha carreira. Tento me dividir em mil, mas não posso ir além do que meu corpo e minha mente me permitem.

    E por que pouco teatro também? Em 2003, fiz Dois na Gangorra, com o Murilo Benício. Foi maravilhoso e, desde então, nos últimos anos, venho tentando voltar para o teatro. Mas não quero fazer por fazer. Quero sentir a paixão pelo texto. Tudo tem seu momento certo e agora tenho filhos pequenos.

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