O mexicano Roma, o libanês Cafarnaum, o japonês Assunto de Família e polonês Guerra Fria. Você, que é cinéfilo, deve ter visto os quatro candidatos ao Oscar 2019 de melhor filme estrangeiro. Mas faltava um na lista: o alemão Nunca Deixe de Lembrar. O longa-metragem, que ficou inédito nos cinemas (mesmo sendo do mesmo diretor de A Vida dos Outros, vencedor da estatueta dourada em 2007), chegou às plataformas digitais. Eu vi no NOW.
Com três horas de duração, a história vai de 1938 a 1966. Em Dresden, a jovem Elisabeth, por apresentar um comportamento instável e liberal, é internada num sanatório. Com a Alemanha dominada pelo nazismo, ela cai nas mãos de um ginecologista que pratica a eugenia. Já no fim da II Guerra, Kurt (Tom Schilling), sobrinho de Elisabeth, inicia a carreira de pintor, só que precisa se curvar à nova realidade socialista. A paixão pela estudante Ellie (Paula Beer) vai dar novo rumo à sua vida. O bom panorama da Alemanha Oriental cede espaço, na última hora, para uma curiosa incursão pelo mundo da arte moderna na Dusseldorf da década de 60. É longo? É! Mas não cansa. Acho que, talvez, faça falta um desfecho, digamos, mais punitivo para dar mais empatia à plateia. Mas o caminho da vingança pela arte, seguido pelo roteiro, também merece crédito.
Quer me seguir nas redes sociais? Anote:
Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
Twitter: @miguelbarbieri
Instagram: miguelbarbieri
YouTube: Miguel Barbieri Jr.