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Fabiula Nascimento: “Nunca perdi trabalho por ter corpão”. Leia a entrevista com a atriz

Simpatizei com Fabiula Nascimento logo quando ela surgiu em Estômago, uma comédia muito especial de 2008, dirigida por Marcos Jorge. Fabiula, paranaense, mudou para o Rio de Janeiro e deu o pontapé para sua carreira na televisão. Hoje, está na novela Boogie Oogie e em duas estreias nos cinemas,  Não Pare na Pista – A […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 21h12 - Publicado em 15 ago 2014, 19h46
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  • Simpatizei com Fabiula Nascimento logo quando ela surgiu em Estômago, uma comédia muito especial de 2008, dirigida por Marcos Jorge. Fabiula, paranaense, mudou para o Rio de Janeiro e deu o pontapé para sua carreira na televisão. Hoje, está na novela Boogie Oogie e em duas estreias nos cinemas,  Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho e Estação Liberdade. A entrevista abaixo dá uma ideia de como a atriz (re)pensa sua trajetória, seu presente e o futuro do cinema nacional.

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    Fabiula: "Gosto de ter um corpo forte, ativo, que me sustente em pé e me permita trabalhar"

    Fabiula: “Gosto de ter um corpo forte, ativo, que me sustente em pé e me permita trabalhar”

    Qual foi a importância de Estômago em sua carreira e como o filme modificou sua vida?  Deu um giro de 360 graus até na minha vida pessoal. Me abriu portas para o cinema e para a televisão. Tudo começou a ficar mais agitado. Troquei de cidade e fiquei com muita gana de desbravar o desconhecido.

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    Ghost está na terceira temporada de clássicos da rede Cinemark

    Em Estômago, sua personagem era gordinha. Você foi fazer TV na Rede Globo e emagreceu. Ficar magra é uma exigência sua ou do próprio mercado? No filme, foi um pedido da direção. A personagem era glutona e engordei seis quilos. Eu nunca fui magra. Ninguém nunca exigiu nada e nunca perdi trabalho por ter corpão. Também não fico preocupada em ficar magrela, nem combina comigo. Gosto de ter um corpo forte, ativo, que me sustente em pé e me permita trabalhar.

    Como consegue conciliar TV e cinema? Tenho emendado um trabalho no outro. Nas folgas da TV, eu faço os filmes. É uma loucura, mas está dando certo. Em sete anos foram quinze longas-metragens, três novelas e duas séries, uma delas com três temporadas. Olhando para trás, nem eu acredito que fiz tanta coisa.

    fabiola-nascimento
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    Fabiula no lançamento da novela Boogie Oogie

    Você já consegue recusar papéis? Eu trabalho em uma empresa que produz o tempo inteiro. Sou contratada. E, até agora, as personagens que me ofereceram foram bem distintas. Isso me encanta! Procuro ser versátil e tenho muita sorte de os diretores e produtores de elenco me enxergarem assim. No cinema, também conquistei o mesmo espaço.

    Em Não Pare na Pista e Boogie Oogie, você faz papéis dramáticos. É uma maneira de as pessoas conhecerem seu outro lado de atriz? O humor está presente na minha vida o tempo todo. Fazer drama é tão bom quanto fazer humor. Não me preocupa o gênero e, sim, os desafios que a personagem me oferece.

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    Há diferença entre trabalhar num filme “grande”, como Não Pare na Pista, ou num filme de menor orçamento, como Estação Liberdade? No meu trabalho, não muda nada. Faço os dois com a mesma disposição e profissionalismo. Mudam o orçamento de produção e os recursos. O mais importante é a qualidade do roteiro. Com muito ou pouco dinheiro, o importante é ser bem-feito.

    Não Pare na Pista: Fabiula Nascimento interpreta a mãe do escritor Paulo Coelho na adolescência (papel de Ravel Andrade)

    Não Pare na Pista: Fabiula Nascimento interpreta a mãe do escritor Paulo Coelho na adolescência (papel de Ravel Andrade)

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    Qual foi maior desafio em interpretar a mãe de Paulo Coelho? Encontrar a feminilidade e a leveza. Me movimentar como uma mulher dos anos 60. Pensar, agir, me tornar submissa.

    Estação Liberdade tem um personagem japonês como protagonista. Por que isso é raro na filmografia nacional? O cinema brasileiro vem numa crescente, estamos aumentando e desenvolvendo novos públicos, que darão espaço para o surgimento de novas histórias, personagens, protagonistas. É uma questão de tempo para que o cinema brasileiro possa abraçar a diversidade cultural do país.

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