Inaugurado em 1976, o Shopping Ibirapuera foi o segundo grande centro de compras da capital, após o pioneiro Iguatemi. As três salas de cinema, que abriram as portas naquele mesmo ano, fecharam em 2004, e, desde então, os frequentadores ficaram órfãos de uma das principais atividades de lazer e cultura. A espera de quinze anos acabou. O Grupo PlayArte, finalmente, entregou o que estava sendo prometido há quase uma década: um novíssimo complexo com seis salas, que totalizam 798 lugares.
A demora deveu-se a uma longa negociação com o shopping, mas, em setembro de 2018, foi dada a largada na construção. O espaço, que antes abrigou as Casas Bahia e outras lojas, ocupa três andares — os pisos Campo Belo (onde fica a entrada), Ibirapuera e Jurupis possuem duas salas cada um. Há quatro totens de autoatendimento e quatro bilheterias, além de seis caixas para compra de pipoca, refrigerante e guloseimas. A sala especial, com capacidade para comportar 139 pessoas, é a Play Extreme, com som imersivo, em Dolby Digital 7.1, mais potente do que o das convencionais. Todas, porém, ganharam poltronas “executivas”, com braços estofados e conforto classe A. As novidades também estão no cardápio. A pipoca gourmet, por exemplo, recebeu upgrade e surge nos sabores morango, paçoca e chocolate branco. Além de pão de queijo, café e sorvetes, a bonbonnière servirá pizzas e vinhos, que podem ser consumidos durante a sessão.
Com a abertura da Estação Eucaliptos do metrô (Linha 5-Lilás), em março do ano passado, o acesso ao shopping ficou mais fácil e rápido para quem não mora em Moema. Por isso, o Grupo PlayArte ainda estuda qual a melhor programação para atender seus novos clientes. Como duas salas só abrem em maio, as quatro restantes vão exibir, na primeira semana, uma programação bem comercial: Vingadores — Ultimato, a grande estreia do ano, De Pernas pro Ar 3, Shazam! e Superação — O Milagre da Fé. Os preços (do bilhete inteiro) variam de R$ 42,00 (às quartas para filmes em 2D) a R$ 62,00 (na Play Extreme, de quinta a domingo, para filmes em 3D).
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 1º de maio de 2019, edição nº 2632.