Personalidades como o ginasta Diego Hypolito, entre outros clientes, frequentam o salão de Neide Campos, 48, no Tatuapé, desembolsam em média 1 200 reais e encaram fila de espera de quase um ano para dar um trato nas sobrancelhas. “Estou aqui há 22 anos, amo meu bairro e nunca pensei em abrir uma loja nos Jardins”, diz a micropigmentadora, que faz oito atendimentos todo dia.
Ela lembra que o sucesso veio há dez anos, após uma promessa a Nossa Senhora. “Eu passava por um problema financeiro grave, vi uma igreja e disse que, se tudo se resolvesse, atenderia de graça mulheres com câncer.” Até hoje, Neide não cobra o serviço de freguesas doentes sem condições financeiras. “É mais fácil receber essas pessoas do que aquelas com ‘taturanas pretas’ parecendo o símbolo da Nike. Ali, sim, precisa fazer milagre”, brinca.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 10 de julho de 2019, edição nº 2642.