Primeiro reitor no Brasil a decretar o fechamento de uma universidade pública no início da pandemia, Marcelo Knobel, 53, ainda não vive imune ao negacionismo e às teorias conspiratórias compartilhadas em grupos de familiares. Mesmo sob duras críticas, afirma ter salvo muitas vidas com a suspensão das atividades da Unicamp em março de 2020. “Mas foi uma das decisões mais difíceis que já tomei.”
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Após encerrar o mandato como reitor em 2021, o professor de física vai lançar dois livros na Livraria da Vila do Pátio Higienópolis no dia 27, às 19h — um deles, A Ilusão da Lua, é dedicado ao combate das fake news e pseudociências que surgiram no período.
“Muitos ainda acreditam em evidências anedóticas e não pensam em como a ciência funciona”, reflete. Além de escrever novas obras, desde então passou a fazer entrevistas com personalidades como Cesar Cielo, Drauzio Varella e Rita Lobo no canal Espaço Recíproco. “Sim, também virei youtuber”, diverte-se.
Mas o nome mais famoso na “linha do tempo” da família foi Che Guevara. “Meu pai foi professor de anatomia nos anos 1960 e deu aula para ele nessa época, em Buenos Aires. Embora Che tenha abandonado a medicina no terceiro ano, meu pai me garante que foi um excelente aluno.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 27 de abril de 2022, edição nº 2786