Terraço Paulistano

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.
Continua após publicidade

Manobrista comanda loja-bike sem vendedores estacionada na Oscar Freire

Bike-garden de Israel Joaquim fica parada na rua sem a supervisão de funcionários: "Por incrível que pareça, nunca fui roubado"

Por Humberto Abdo
18 dez 2020, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • No comércio de Israel Joaquim Santana, 31, ter lucros envolve honestidade. Manobrista na Rua Estados Unidos, ele criou a Matos Urbanos, em 2018, com vasos de plantas vendidos a 20 reais em uma bicicleta. “De cactos a suculentas, do tipo que nem marinheiro de primeira viagem consegue matar sem querer”, brinca. Com um diferencial: as vendas são feitas sem nenhum funcionário. Na esquina da Oscar Freire com a Haddock Lobo, a bike-garden fica na calçada e uma caixa de acrílico é usada para os clientes depositarem o pagamento. “E, por incrível que pareça, nunca fui roubado”, conta.

    Nascido em São Paulo, Santana passou parte da infância no Ceará. “Chegando lá, meu pai abandonou minha mãe, com sete filhos. Tínhamos de acordar cedo para buscar comida e vivíamos em uma casa de taipa.” De volta à capital, chegou a vender água na Marginal Tietê e ficou conhecido entre amigos como Renato. “Eu tinha muitas namoradas e dava nomes diferentes a cada uma, para não dar briga”, confessa. “Quando decidi casar, precisei revelar à esposa que eu não era Renato.” Hoje o casal mora em Itaquera com os filhos. “A Matos nos ajudou a sair da favela e a alugar uma casa com espaço para meu ateliê.”

    Israel Joaquim posa sentado em bicicleta com bancada amarela, mini-lousa com nome
    Israel Joaquim, também conhecido por Renato, é o criador da Matos Urbanos, bike-garden que vende vasos de plantas sem nenhum vendedor presente. (Rogério Pallatta/Veja SP)

    A popularidade da loja móvel cresceu após o chef Alex Atala convidá-lo para estacionar a bike perto de um de seus restaurantes. “Mas as vendas caíram 90% na pandemia”, lamenta. Prestes a largar a profissão de manobrista, ele precisou retornar ao emprego nos Jardins e dispensar sua equipe. “Agora também pretendo vender xilogravuras e sonho em ter franquias quando puder.”

    Publicado em VEJA São Paulo de 23 de dezembro de 2020, edição nº 2718.

    +Assine a Vejinha a partir de 5,90

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de São Paulo

    a partir de 35,60/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.