“Dá azar ver dentista e não ganhar escova de dente”, garante Luís Alexandre Chicani, 54, que sempre quebra o gelo ao presentear conhecidos com um kit dental. Foi assim no primeiro encontro com a atual esposa, que já se acostumou com as superstições do marido. Ele é fundador da BenCorp, empresa de saúde cujo sucesso envolveu muito esforço… E seu número da sorte.
Após entrar na USP em 44º lugar, o paulistano passou a notar a sequência numérica em todo lugar e a adotou para a vida. Está no apartamento da Vila Nova Conceição, nos seus números de telefone, nos salários dos funcionários e no tamanho da adega, com espaço para 644 garrafas — até a entrevista com a coluna foi agendada às 14h44.
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“Se está dando certo com 44, por que vou mudar? Os caras me acham louco: quando faço compras, negocio para o preço terminar em 44”, diverte-se.
Antes de ter a proteção numerológica, Luís contava apenas com a coragem. “Na faculdade, montei um consultório secreto com colegas da turma, para pagar as contas. Uma vez veio um pizzaiolo com vários tratamentos para fazer e a proposta de pagar com pizzas às sextas. Na época foi bom negócio, mas hoje já não recebo mais nada a preço de pizza.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 10 de novembro de 2021, edição nº 2763