Caçar apartamentos antigos em São Paulo é a principal ocupação dos cariocas Alex Limpo de Abreu, 51, e Arnaldo Borensztajn, 51. “Quando visitei o novo apartamento do Arnaldo e vi que tinha feito todo o projeto sozinho, fiquei com aquilo na memória”, conta Alex. A dupla decidiu criar a Brise Casa, na qual investe em imóveis de bairros como Vila Buarque e Higienópolis para reformá-los por conta própria e então colocá-los à venda.
“Quase sempre escolhemos aqueles que foram feitos antes dos anos 1960. Depois disso, surgiram muitos espigões repetitivos e pasteurizados na cidade”, opina Arnaldo, responsável pela parte criativa do negócio. Mesmo sem formação em arquitetura, é ele quem comanda toda a renovação e decoração de inspiração industrial — atualmente, eles preparam duas novas unidades no Edifício Piauí, de Artacho Jurado.
“Não costuma ser sempre assim, mas o primeiro de todos nós compramos por 170 000 reais e a obra custou 190 000. No final, vendemos por 530 000 reais”, relembra Alex, que cuida das finanças e faz o test-drive dos endereços. “Eu virei nômade e passo alguns meses em cada lugar. Aprendi a gostar dos vizinhos e porteiros novos, fora que a experiência facilita na hora de vender.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de dezembro de 2021, edição nº 2769