Você pode nunca ter escutado o nome da estilista Couli Jobert, 62 anos, mas provavelmente conhece alguém que deseja suas criações. Ela é a responsável pelo departamento de couro da Hermès, grife francesa fundada em 1837 e que vende bolsas por preço de carros de luxo. Modelos feitos de pele de crocodilo podem chegar a 180 000 reais. “Todas as peças são made in France”, avisa. Uma equipe de 2 000 pessoas confecciona os produtos. “Vamos investir nas vendas da nossa linha equestre no Brasil”, conta. Couli virá ao país para a Copa Hermès, torneio hípico que vai ocorrer na Fazenda Boa Vista, condomínio de luxo em Porto Feliz, entre sábado (25) e domingo (26). A grife também promove outro torneio hípico no museu parisiene Grand Palais, batizado de Saut Hermès.
Quando encontra alguém com uma bolsa Hermès falsa a tiracolo na rua, Couli diz ficar aborrecida. “Mas entendo que a vida é assim”, filosofa ela, há cinco anos responsável pelas bolsas, carteiras e outro acessórios da maison. Ao contrário da Louis Vuitton, que desconhece a prática da liquidação (vende os encalhes com desconto para funcionários), a Hermès realiza promoções. Mas elas ocorrem apenas duas vezes por ano, com dois dias de duração cada. E somente em Paris.