A empresária Marianna Ometto, sócia de um site de vendas de presentes online, foi comemorar seu aniversário de 27 anos ontem, no Paris 6, junto de cinco amigas. Fora a companhia, tudo foi uma decepção: “Fiquei uma hora na fila de espera, pedi de entrada uma lula à dorée que estava horrível e meu carbonara veio cru, com forte cheiro de ovo.” Até aí, tudo bem. Ela e as amigas escolheram as sobremesas: um grand gâteau, uma tapioca de arroz doce e um creme brûlé de Nutella. Enquanto saboreavam os doces, viram uma barata em cima da mesa. Uma das convidadas se levantou e se afastou da cadeira, o que chamou a atenção de um garçom. O funcionário veio e, com um guardanapo, retirou o inseto, que já tinha pulado no chão. “Ele nos disse que era normal ter barata, pois ela vinha da rua.” Na hora de pagar a conta, a nota veio cheia – sem desconto. Depois de explicaram que não comeram os doces por causa da presença da barata na mesa, o garçom tirou duas das três sobremesas. A conta final deu 595 reais. “Não recebemos desculpas do garçons, do maître ou do gerente.” Segundo Isaac Azar, dono do restaurante, o maître Edson Jesus Assunção se desculpou pelo ocorrido.
Azar explica que a presença de barata não é comum. “Foi uma fatalidade”, conta ele, que afirma gastar 4 000 reais por mês com dedetizações semanais. “De dentro da cozinha, que tem padrões de higiene altos, não veio”. Ele lembra que a mesa onde as clientes estavam “é a primeira da casa, ao lado da entrada da parte interna do Paris 6, localizada a menos de 3 metros da rua, sem nenhuma barreira física”. Azar, no entanto, diz que vai marcar uma reunião com sua equipe para falar do assunto. Também afirma que vai passar a limpar o bueiro que fica nas imediações de seu restaurante. “Vou fazer o serviço da prefeitura, pois não quero ter esse tipo de problemas.” Quanto à conta das clientes vir sem desconto, ele tem uma teoria: “A pessoa só paga aquilo que comeu. Se não comeu e não gostou, não precisa pagar.”