Desde que saiu do presídio de Bangu 8, no dia 18, após decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, o banqueiro André Esteves cumpre uma espécie de prisão domiciliar, chamada “recolhimento”, em sua casa paulistana. Ela fica situada na Rua Porto Rico, no Jardim América, uma via tranquila e sem saída. O empresário aguarda decisão da Justiça para acatar ou não denúncia contra ele. Enquanto isso, não pode deixar o local, só quando conseguir um emprego.
Ele e a mulher, Lilian, fazem parte do AME Jardins – organização de moradores que trabalha em prol da região. Reuniões do grupo já ocorreram dentro da casa do banqueiro. Uma das pautas tratadas no passado pela AME foi sobre um problema que Esteves teve com seu vizinho de fundos, o Consulado da China. Foi quando o consulado promoveu uma grande reforma – sem respeitar horários. O bate-estaca começava na madrugada.
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Essa não é a única residência de Esteves no mesmo bairro. Antes de ser preso, no dia 25 de novembro, sob a acusação de oferecer 4 milhões de reais para que um dos réus do petrolão deixasse o país e livrasse seu nome em uma delação premiada, ele pôs à venda no início do ano uma mansão na esquina das ruas Honduras e Canadá, no Jardim América, por 60 milhões de reais. Há quatro meses, baixou o preço para 48 milhões. Até agora, porém, ninguém arrematou a propriedade, com seis suítes e catorze vagas cobertas de garagem.