Transmissor da dengue e da chikungunya, o mosquito Aedes aegypti também é responsável por carregar o vírus zika, associado a casos de microcefalia em bebês. No país, há mais de 1 300 casos registrados de bebês com anomalia no crânio causada pelo vírus. Em São Paulo, há quatro casos de microcefalia que podem ter relação com o zika.
Embora ainda a relação não esteja confirmada, o avanço da doença já causa preocupação. Rodrigo Angerami, infectologista da Unicamp e coordenador do Comitê de Doenças Emergentes, Reemergentes e Negligenciadas da Sociedade Brasileira de Infectologia, responde como escolher o melhor repelente para afastar o Aedes:
“Antes de mais nada, é fundamental verificar se o produto tem o registro da Anvisa. Depois, cheque cada uma das especificações: modo de uso, prevenção contra qual tipo de mosquito, concentração e indicações (crianças, adultos ou ambos).
Os pais devem ficar atentos à concentração. Os repelentes com DEET, por exemplo, não são indicados para menores de 2 anos. Já as versões com percentual de até 10% podem ser utilizadas em crianças a partir de 2 anos de idade, enquanto aquelas com mais de 11% são contraindicadas para menores de 12 anos. Repelentes com concentração menor precisam ser repassados com mais frequência.
O DEET é uma das substâncias eficazes contra a dengue, mas há outras – como a icaridina ou a picaridina. Por isso, é mais prático checar qual o tipo de mosquito que o produto combate do que procurar por um repelente específico. Via de regra, aqueles que são bons contra pernilongos também combatem o Aedes aegypti.”
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