Hábito de higiene muito comum, o uso de álcool em gel está associado a alguns mitos, como o de que o uso do produto em excesso afetaria a imunidade.
O médico infectologista Nilton Cavalcante, presidente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, explica que o uso constante do produto pode, de fato, reduzir a população de bactérias existentes na mão que atuam de forma a proteger contra agentes causadores de doenças .”As bactérias que moram ali mantém uma certa proteção, por exemplo, para que não tenhamos doenças como diarreias. Mas não quer dizer que o fato dessa microbiota diminuir com o uso frequente de álcool em gel seja ruim, não existe essa relação”, diz Cavalcante.
Segundo a dermatologista Lígia Kogos, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o risco para pessoas de pele sensível é apenas de ressecamento das mãos.
“O álcool em gel é um higienizador com grande poder de limpeza e pode ser usado quantas vezes a pessoa quiser ao dia. Os funcionários em ambientes hospitalares usam muito, por exemplo. Mas pode fazer mal em excesso se a pessoa tiver uma tendência ao ressecamento das mãos, a rachaduras, a dermatites, como alergias a metais, bijuterias, giz e poeira. O aconselhável é interromper o uso quando apresentar desconforto”, afirma Lígia.