Imprevistos em construção marcam história do Edifício São Vicente
Projeto do prédio em Santa Cecília é do arquiteto judeu polonês Luciano Korngold, que convenceu os condôminos a comprar duas obras de arte de Bruno Giorgi
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Uma cooperativa de funcionários públicos comprou um caro terreno na Rua São Vicente de Paulo, em Santa Cecília, para construir moradia para seus associados. Mas o dinheiro ficou curto para a empreitada. Por sorte (e critério), eles contrataram o arquiteto judeu polonês Luciano Korngold, que já tinha experiência de fazer muito com pouco em sua terra natal. O resultado foi um conjunto de 160 apartamentos com boas plantas e um generoso jardim interno.
![Edifício São Vicente](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/05/img_6341.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A fachada econômica tem de tijolo laminado a placas de eternit. Um fininho aerolite reveste o chão e os pilares da entrada. Resultado: sobrou dinheiro. Korngold convenceu os condôminos a usar o restante para comprar duas obras de arte do escultor Bruno Giorgi. O artista ficaria bem conhecido por seus trabalhos Candangos e Meteoro, ambos em Brasília. Projetado em 1949, o edifício São Vicente parece ainda hoje bem mais moderno que os neoclássicos genéricos surgidos na vizinhança.
![Edifício São Vicente](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/05/img_8139.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)