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Jovens arriscam ao usar método caseiro para remover queloides

O procedimento, que está sendo ensinando em tutorias no YouTube com mais de 150 000 visualizações, pode provocar desfiguração e infecções graves

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 abr 2018, 19h32 - Publicado em 12 abr 2018, 18h58
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  • A nova “tendência” on-line está preocupando especialistas: o “método do elástico” está sendo usado por jovens do mundo todo para remover queloides, uma cicatriz saliente que aparece após a cura de um ferimento — e pode atingir uma a cada dez pessoas. O procedimento, que está sendo ensinando em tutorias no YouTube com mais de 150 000 visualizações, pode provocar desfiguração, infecções graves e até a morte.

    Nos vídeos, youtubers amarram elásticos ao redor de suas queloides para restringir o fornecimento de sangue na região. A queloide, então, fica preta e cai. Em conversa com o The Daily Mail, o dermatologista Anton Alexandroff revelou que a tendência não é nada adequada: “É uma prática muito dolorosa e que pode resultar em uma infecção. Pode ainda resultar em desfiguração em certas áreas porque pode provocar necrose, a morte das células ou tecido orgânico, de maneiras incontroláveis e imprevisíveis“.

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    A necrose também pode provocar a morte do indivíduo se áreas substanciais de tecido ficam sem sangue, evoluindo para uma gangrena. “As cicatrizes de queloide são bastante frequentes e costumam ser ainda maiores que a cicatriz original“, explica Alexandroff. Especialista em redução de cicatrizes, Peter Batty acredita que os vídeos são “extremamente perturbadores”: “Ninguém deveria seguir essas instruções. O que essa tendência mostra é uma falta de compreensão na prevenção e tratamento de queloides. Se você tentar remover uma queloide sozinho, você está correndo o risco da cicatriz voltar ainda maior“.

    Não há cura para queloides, mas há tratamentos que previnem seu aparecimento. “As queloides são raras, mas podem ser bastante desfigurantes. Há fatores de risco, como histórico familiar, e elas são mais comuns em pessoas de idade entre 10 e 30 anos. Elas podem afetar qualquer parte do corpo, mas são mais encontradas no peitoral, costas e ombros — e até tatuagens temporárias podem provocar queloides se os pacientes têm uma reação à tinta usada pelos artistas“, explicou o Dr. Alexandroff.

    Dê sua opinião: E você, o que achou da nova tendência? Deixe seu comentário e aproveite para curtir nossa página no Facebook!

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