Não caiu bem no entorno do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), a ligação que a secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy, recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, 13.
Embora o teor da conversa não tenha sido divulgado, o tema eleição municipal do ano que vem é tido como principal objeto do telefonema.
Nos bastidores petistas especula-se a entrada de Marta, que governou a cidade entre 2001 e 2004, na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), que concorrerá à sucessão de Nunes no ano que vem.
Com bom trânsito e ótima avaliação histórica na periferia, a ex-prefeita poderia ser uma aliada da composição PSOL-PT. Para isso, teria que se filiar novamente à legenda do atual presidente da República, de onde saiu em 2016.
Nos corredores do Edifício Matarazzo, uma possível migração de lado por parte de Marta seria vista “uma das maiores traições que a política de São Paulo já viu”, afirma um auxiliar de Nunes, sobretudo pelo fato de o prefeito e a secretária manterem relações pessoais, com encontros familiares e em jantares eventuais.