A 2° Vara Federal de Santana do Livramento (RS) condenou Guilherme Raymo Longo, que matou o enteado Joaquim, 3, em 2013, com altas doses de insulina (o menino era diabético), a um ano de detenção por uso de documento falso. Depois de cometer o assassinato, Longo jogou seu corpo em um rio de Ribeirão Preto (SP).
Atualmente, Guilherme está detido na Penitenciária II de Tremembé (SP), onde aguarda julgamento. Ele chegou a ser preso na época do crime, mas fugiu do país depois de receber o direito a responder ao processo em liberdade, em 2016. Para sair do Brasil, ele usou o documento de um primo. No ano seguinte ele foi localizado na Espanha e retornou ao território nacional em 2018.
A condenação da Justiça gaúcha foi pelo uso do passaporte do parente. “O delito de falsidade ideológica ocorre com a inserção de declaração falsa ou diversa da que deveria constar em documento público ou particular. Trata-se de crime formal, sendo desnecessária a ocorrência de dano para a configuração do tipo penal. Da prova dos autos, resta evidente que o réu fez declaração falsa com o intuito de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”, escreveu o juiz federal Rafael Wolff.
O caso.
O corpo de Joaquim Ponte Marques foi encontrado no Rio Pardo, em novembro de 2013, cinco dias depois de seu desaparecimento. Guilherme Longo foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, e ocultação de cadáver.
A mãe da criança, Natália Mignone Ponte, então companheira de Longo, também foi indiciada. Os processos foram desmembrados e cada um será julgado separadamente.