O juiz Marcus Alexandre Manhães Bastos, da 30° Vara Criminal de São Paulo, atendeu em partes o pedido de David Oliveira de Miranda, neto do missionário David Miranda, fundador da Igreja Pentecostal Deus é Amor (ele faleceu em 2015), contra sua tia Léia Oliveira de Miranda, acusada de ofender a reputação do sobrinho e de sua esposa, Karina Miranda Almeida.
Em 15 de setembro do ano passado, Léia, filha do missionário, subiu ao palco da igreja e chamou os parentes de “falsos, mentirosos, filhos do diabo, escravos de Satanás, agindo desta maneira, pior que ímpios, é como eles estão agindo”. A fala, entre outras ofensas, ocorreu momentos após Léia ser afastada de sua atuação na igreja devido à divulgação de um áudio de WhatsApp, cuja voz foi atribuída a ela. No material, a pastora, cantora e missionária supostamente fazia inconfidências sexuais sobre o seu relacionamento com um pastor. O caso ganhou repercussão dentro e fora da igreja e Léia, mesmo dizendo ser vítima de armação, foi afastada pela mãe do comando de duas entidades: a Fundação Reviver e a Associação Beneficente Reviver Help.
Depois do afastamento e de subir ao púlpito da igreja para protestar contra os familiares, Léia foi processada criminalmente pelo sobrinho, por injúria e difamação. O juiz que recebeu o caso, porém, rejeitou em parte a queixa-crime e aceitou apenas a acusação de injúria. O caso agora foi remetido para outro tribunal, que vai continuar a ação.
Essa não é a primeira vez que um alto membro da Deus é Amor é afastado depois de escândalo sexual e de brigas entre familiares. Irmão de Léia, David Miranda Filho saiu da congregação em 2015, após vazarem áudios com conteúdo sexual que ele teria enviado a uma jovem.